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Como funciona a degustação de vinhos?

1/27/2023

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Degustar vinho é fundamentalmente diferente de beber um vinho. O objetivo de uma degustação é apreciar um vinho a partir do que ele é, tecnicamente falando. Não há espaço para excessos durante uma degustação, afinal, se isso acontece é muito difícil lembrarmos daquela experiência do começo ao fim.

Para muitos apreciadores de vinho, uma degustação conduzida por profissionais do vinho pode parecer cercada de mistério, mas a verdade é que há uma metodologia capaz de contemplar a avaliação técnica de todos os aspectos técnicos que podem ser encontrados no vinho.

Desenvolver uma vasta memória de aromas e sabores é a chave para o sucesso de um bom Sommelier, além de conhecer as características e particularidades das uvas viníferas mais usadas no mundo do vinho, podendo assim, realizar uma degustação de vinhos cada vez mais precisa e assertiva. 

Sirva seu vinho favorito ou selecione o que mais lhe chama a atenção e entenda como realizar sua degustação de vinho de maneira efetiva e satisfatória com este artigo.

O que é uma degustação de vinhos?

A degustação de vinhos é uma forma de se avaliar a bebida através de uma análise sensorial dividida em três etapas: visual, olfativa e gustativa.

Para os não iniciados, a ideia de participar de uma degustação de vinhos pode parecer assustadora. Estamos habituados a beber o nosso vinho junto às refeições, normalmente num ambiente descontraído e entre amigos e família.

Por isso, a ideia de se juntar aos profissionais enquanto eles bebem, cospem e falam sobre buquês que lembram alcatrão ou brioche pode ser um pouco desanimadora. Mas dominar a arte da degustação é essencial para tirar o máximo proveito do seu consumo de vinho.

A boa notícia é que os elementos essenciais da degustação são fáceis de aprender e ajudarão você a aprender sobre quais tipos de vinhos você gosta – ou não gosta – e por quê. À medida que o tempo passa e você ganha mais experiência, ficará mais confiante na avaliação dos vinhos que prova.

Algumas pessoas têm uma memória extraordinariamente boa para sabores e, às vezes, podem até identificar a origem de um vinho, bem como a variedade de uvas que foram usadas para produzi-lo.

O importante a lembrar é que qualquer um pode ser um bom degustador, desde que tenha olfato e paladar bastante sensíveis e esteja preparado para se concentrar nos aromas e sabores que encontra em cada taça.

Enquanto a maioria das degustações – que acontecem diariamente em todo o mundo – são para profissionais, há muitas oportunidades para amadores entusiastas provarem vinhos.

Tipos de degustação de vinhos

Certo, sabemos o que é uma degustação de vinhos, mas como começar? Começamos definindo o tipo de degustação! A degustação de vinhos é feita com um objetivo definido: seja comparar vinhos de uma mesma safra em uma mesma região, vinhos de safras diferentes da mesma propriedade, vinhos de propriedades diferentes de uma mesma uva ou de uma mesma safra… as opções são quase infinitas!

Degustação comparativa

Um tipo de degustação mais livre onde se provam diferentes tipos de vinho, com diversos critérios ou mesmo sem um critério definido, somente desfrutando da experiência.

É um formato aberto que pode ser definido de formas mais específicas: degustar somente vinhos de uma uva, de um país, somente brancos, e por aí vai.

Degustação vertical

Degustação onde se compara o mesmo vinho em diferentes safras. Fácil de se organizar, e rende uma análise mais profunda em relação ao vinho escolhido. Neste caso é interessante selecionar safras não consecutivas ou dentro de um intervalo de 2 anos para resultados mais abrangentes.

Degustação horizontal

Degustação onde se analisa a mesma safra de diferentes produtores, procurando sempre definir uma mesma região e mesma uva a fim de definir o perfil do local e expressão da safra naquele período.

Passo a passo para montar uma degustação de vinhos

Uma vez selecionado seu tipo de degustação, precisamos pensar em alguns detalhes, como o vinho desejado, a utilização de taças neutras, mesmo no caso da degustação de um Champanhe ou espumante, permitindo que os aromas e sabores sejam sentidos com maior precisão e se será usado alimento para harmonizar ou simplesmente acompanhar a degustação de vinhos. 

Em todos estes passos o Sonoma Market auxilia você com uma vasta seleção de produtos disponíveis em nossa curadoria, com diversos estilos de vinhos, preços atraentes e recomendações de harmonização.

A escolha dos vinhos a serem degustado

A escolha do vinho é absolutamente livre, mas se quiser pode seguir os critérios definidos ao selecionar seu tipo de degustação, selecionando o vinho com base no estilo, principal uva utilizada, região ou mesmo a média de valor desejado. 

Caso já tenha um vinho favorito, comece escolhendo vinhos que sejam do mesmo estilo ou mesma uva ou mesma região, assim ficará mais fácil reconhecer as características dele e entender porque este vinho te agrada. 

Ainda em dúvida? Confira os Bestsellers do Sonoma Market, reunindo os mais procurados por nossos clientes!

Temperatura dos vinhos

A temperatura ideal pode parecer um mito à primeira vista, mas é um dos elementos chave para uma boa degustação. A maioria dos vinhos tem temperaturas sugeridas, pois essa variação ajuda a liberar os compostos aromáticos ou a concentrá-los, podendo mudar drasticamente nossa experiência. 

De modo geral os tintos são melhor apreciados de 16-18°C, brancos e rosés de 10-12°C e espumantes de 6-8°C. Ao sentir um vinho tinto um pouco fechado pode ser uma boa ideia deixá-lo esquentar a temperatura ambiente, assim como um branco com aromas mais dispersos muda estando mais gelado e concentrado. 

Muitas pessoas tendem a ignorar a temperatura ideal, procurando sempre gelar o vinho o máximo que conseguirem. Isto é mais correto para brancos e espumantes, mas em relação a tintos é uma boa ideia considerar mantê-los em temperatura ambiente e resfriá-lo levemente antes de servir.

Escolha das Taças

A melhor taça para vinho é aquela que se tem à mão. Isto pode ser verdade em um brinde, mas quando pensamos em degustação podemos tomar alguns cuidados para melhorar nossa experiência. 

A taça padrão em formato oval, de base mais larga e boca mais fechada, de haste longa, em vidro ou cristal transparente é ideal. A boca mais estreita concentra os aromas, segurar a taça pela haste protege do calor das mãos, mantendo o vinho na temperatura ideal e a transparência permite observar o vinho da forma correta. Para degustar evite modelos foscos, haste curta e boca larga.

Conheça as taças de cristal selecionadas pela curadoria do Sonoma Market.

Comidas para harmonizar

Em degustações que não são profissionais, onde a intenção não é avaliar a bebida de forma completamente técnica e sim desfrutar de um momento e conhecer um pouco melhor sobre o potencial gastronômico dos vinhos, um acompanhamento é sempre bem vindo. 

Torradas ou croutons, queijos e frios ou pães e azeite são ótimas opções para diversos tipos de degustação, assim como água com ou sem gás.

Para degustações horizontais ou verticais considere alimentos que harmonizem com o estilo de vinho proposto. Água, pães e biscoitos de água e sal são particularmente efetivos pois também ajudam a limpar o paladar entre um vinho e outro, permitindo melhor aproveitamento, podendo ser incluídos em degustações harmonizadas.

O que harmoniza com o que? Verifique nossa postagem sobre harmonização ou as sugestões em nossas páginas de vinho!

Como fazer uma degustação de vinhos

Esquema mostrando como degustar vinho.

Imagem de Wine Folly

Agora que sabemos qual tipo de degustação vamos seguir, escolhemos nosso vinho na temperatura certa e temos petiscos e água para acompanhar, vamos detalhar um pouco como seguir uma degustação de vinhos de forma técnica:

Observar o vinho

Foto de diferentes cores de vinho.

Imagem de Wine Folly

Sirva o vinho até cerca de 1/3 da taça, de modo que possa ver o conteúdo sob diversos ângulos. Ao observar a cor, olhamos a intensidade da cor, tons da coloração, se o vinho é transparente, se é tranquilo ou se tem bolhas. Gire o vinho na taça para observar as variações de cores, se parece fluido ou mais denso, 

Seu vinho é vermelho, castanho ou roxo? Tem muitas ou poucas bolhas? É transparente ou turvo? Observar o vinho indica diversas características da bebida em si, qualidades positivas e negativas que variam conforme o estilo do vinho. Observe com atenção.

Dica profissional

foto de vinho em taça.Selecione taças e copos transparentes para observar melhor a coloração, em ambiente bem iluminado de forma geral (iluminação baixa de restaurantes podem não ser ideias) e se desejar, utilize uma folha de papel ou fundo branco contra a taça. Tintos jovens possuem coloração profunda rubi ou arroxeada, enquanto vinhos mais velhos tem cor castanha ou de tijolo. Brancos envelhecidos tem nuances mais douradas e âmbar, enquanto brancos jovens podem ser pálido esverdeado ou amarelo límpido.

Cheirar o vinho

Após servido, deixe o vinho repousar alguns instantes na taça. Após observá-lo atentamente, se ainda não estiver sentindo nenhum aroma (algo difícil em casos de vinhos muito aromáticos) aproxime a taça do nariz, inclinada ou abaixo. Sinta os aromas do vinho de forma tranquila, intercalando com pausas para processar as informações que seu nariz lhe traz. 

O aroma é facilmente sentido ou é preciso buscá-lo ao fundo? São aromas facilmente identificados ou novos e estranhos? Um aroma se destaca dos outros? Cheirar o vinho é o aspecto mais importante da degustação e muitas vezes o mais gostoso. Ao cheirar temos uma ideia dos sabores do vinho, sua integridade e frescor, e elementos utilizados na elaboração.

Dica profissional

Gire a taça de modo que o vinho se agite por alguns instantes, para que os compostos aromáticos se soltem no vinho. Isto pode render aromas diferentes ou mais intensos. Não é preciso definir precisamente aromas, mas é interessante encaixá-los em grupos gerais, como frutados, amadeirados, minerais, cítricos, etc.

Beber o vinho

Tome um pequeno gole do vinho e não engula logo de cara, deixando que passe por toda a sua boca. Após identificar os sabores, engula o vinho e sinta quanto tempo as sensações duram na boca. Quais sabores este vinho tem? Alguns dos aromas estão presentes como sabores também? A sensação do vinho dura pouco ou muito?Este vinho dá a sensação de amarrar a boca? O vinho parece preencher a boca? 

As “sensações complexas” se encontram no fim da análise gustativa, onde se mede o retrogosto e a permanência do vinho na boca. Caso esteja apreciando um vinho tinto, é possível que tenha a sensação de “amarração” na boca, devido aos taninos, substâncias naturais presentes na casca das uvas e também em nozes e chocolate amargo.

Vinho Equilibrado

Mas no final, como saber se um vinho é bom? Pode ser difícil dizer se um vinho é bom quando pensamos que gosto é algo relativo. Mas podemos perceber mais objetivamente se um vinho está equilibrado. 

O sabor de um vinho é composto por alguns elementos básicos que devem estar em harmonia para ser considerado equilibrado e harmônico. No caso dos vinhos tintos, consideramos equilíbrio a proporção entre acidez, que nos faz salivar; dulçor, a quantidade de açúcar residual no vinho; taninos, que dão a sensação de amarração na boca, e álcool, que dá a sensação de calor no fundo da garganta. Já para os vinhos brancos, analisamos apenas a relação entre acidez, dulçor e álcool, já que taninos em vinhos brancos são considerados um defeito.

Quando estes elementos estão em harmonia, onde nenhum se sobressai ao outro de forma exagerada ou destoante, o vinho é considerado equilibrado.

Dica profissional

Aqui entram em ação as papilas gustativas posicionadas nas diferentes partes da língua: o doce é sentido na ponta, ácido nas porções laterais, amargo na parte posterior e o salgado na parte central. Vinhos de boa qualidade tendem a permanecer mais na boca e apresentam diferentes nuances no retrogosto, os chamados vinhos “elegantes”.

Este é o ato final no ciclo de degustação, onde sentimos todos os aspectos do vinho. Se após todos estes passos lhe agradam, é possível que tenha encontrado um vinho de preferência. Se algo foge disso é possível que tenha encontrado um vinho que não lhe agrada. Se múltiplos fatores incomodam pode ser um indicativo de vinho ruim. Mas para saber com certeza o ideal é testar a degustação de vinhos com o maior número de exemplares possível.

Conclusão

foto de degustação de vinhos.

Seguindo os passos aqui apresentados você pode iniciar suas degustações ou complementar aquilo que já sabe para uma experiência ainda melhor. Confirmar se aquele vinho recomendado por um amigo é bom mesmo? Tire sua própria conclusão! Encontrar o par perfeito para sua receita especial? Agora você consegue! 

Uma vez iniciado nas práticas da degustação de vinhos, considere sempre expandir seus horizontes com diferentes pratos, sabores, e vinhos, complementando o seu repertório de cheiros e gostos. Conhece todas as uvas produzidas no seu país? Vamos conhecer o próximo! Gostou muito de um vinho mas nunca mais o achou? Encontre seu equivalente através de suas análises! 

Aproveite as melhores experiências que o vinho pode oferecer, com as melhores opções que o Sonoma Market pode oferecer! 

Saúde!

Sidnei Fernandes, Equipe Sonoma Market

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Espumante Brut : o que é quais os sabores e como escolher!

1/20/2023

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Brut é a palavra francesa para “seco”, indicando a classificação do espumante a partir da sua concentração de açúcar residual.

Seja para um jantar íntimo, data comemorativa ou um brinde especial, os espumantes estão sempre presentes em momentos significativos, e dentre todos os estilos diferentes, o que mais se destaca é o espumante brut.

Coringa à mesa e famoso por ser extremamente democrático, é uma excelente opção para harmonizar com diversos frutos do mar em preparos leves e com poucos condimentos, mas também vai bem por si só, embalando uma boa conversa.

Conheça um pouco mais sobre este estilo, para aprender a escolher espumante brut ideal para o seu gosto, dos seus convidados ou que melhor harmonize com a sua refeição.

Champanhe ou Espumante Brut?

Foto de espumante brut.Antes de falarmos especificamente sobre espumantes brut, vamos primeiro entender o que é um espumante.

Espumantes são vinhos brancos ou rosés que possuem uma quantidade de dióxido de carbono que faz com que o vinho apresente bolhas, resultado de um processo de dupla fermentação em seu processo de elaboração.

Ocorrência de vinhos carbonatados, frisantes ou efervescentes são observadas desde a antiguidade, onde não se tinha conhecimento do que causava as misteriosas bolhas e era considerado um defeito. 

Na antiguidade, a região de Champagne na França tinha ocorrências particularmente frequentes de bolhas em seus vinhos, com pressão tão intensa que poderia explodir as finas garrafas de vidro e até mesmo adegas inteiras devido a reação em cadeia, rendendo a estes vinhos o apelido de “vinhos do diabo”.

Com o passar dos anos, estudos foram feitos para compreender este fenômeno, e o interesse por vinhos espumantes cresceu, levando a região de Champagne ao reconhecimento internacional. Para ser chamado de Champagne, o vinho precisa ser elaborado nesta região do extremo norte da França, portanto nem todo espumante brut é um Champagne.

Através dos estudos, os produtores descobriram métodos para carbonatar o vinho de modo seguro e intencional, além de entenderem que era necessário a fabricação de garrafas com o fundo de vidro grosso e reforçado, para aguentar a pressão. 

O método de elaboração dos espumantes geralmente são indicados no rótulo. Para espumantes Brut são tradicionalmente utilizados:

Método tradicional ou método Champenoise 

Método desenvolvido no século XIX, na região de Champagne, onde uma segunda fermentação ocorre diretamente na garrafa, após a adição de leveduras e açúcar. Neste processo, o líquido deve descansar por no mínimo um ano e meio e as garrafas viradas diariamente para que a fermentação ocorra de maneira correta e o vinho se desenvolva plenamente. A filtragem é feita através do congelamento e retirada das leveduras restantes, concentradas no gargalo da garrafa. Após a retirada, as garrafas são novamente lacradas. Este método é utilizado na produção de Champanhe (único lugar onde pode ser chamado de método Champenoise), Cavas na Espanha, Franciacorta na Itália e os mais variados espumantes em todo o mundo. 

Método Charmat

O método Charmat foi aperfeiçoado e patenteado pelo inventor Eugene Charmat em 1907. Neste método o vinho também passa por uma segunda fermentação que, ao invés de ocorrer dentro da garrafa, ocorre em um tanque de inox, que recebe as leveduras e açúcar, sendo selado para preservar o gás carbônico. Após a fermentação a filtragem ocorre no tanque e em seguida o engarrafamento. 

O método Charmat é consideravelmente mais barato e rápido do que o método tradicional, resultando em vinhos mais acessíveis mas pode afetar a qualidade dos aromas e do perlage do espumante, características ligadas diretamente ao tempo de fermentação, quanto maior o tempo de fermentação maior será o desenvolvimento dos aromas, bolhas e cremosidade do espumante.

O que significa Espumante Brut?

foto de espumante brut.

Sabemos o que é um vinho espumante, mas o que significa o Brut? Espumante Brut significa um espumante seco, com baixo teor de açúcar residual.

A quantidade de açúcar residual, expressa em gramas de açúcar por litro de bebida, define o estilo do vinho juntamente com o método de fermentação. A legislação em relação a quantidade de açúcar pode variar entre diferentes países, mas no Brasil temos as seguintes quantidades definidas por estilo:

Espumante nature: 0 a 3 g/L.

Espumante extra-brut: 3 a 8 g/L.

Espumante brut: 8 a 15 g/L.

Espumante sec, seco, ou extra dry: 15 a 20 g/L.

Espumante demi-sec, meio-seco ou meio-doce: 20 a 60 g/L.

Espumante doce: superior a 60 g/L.

Originalmente os champanhes e espumantes franceses eram muito mais doces do que hoje em dia. O estilo mais doce era considerado muito elegante na época, então o açúcar residual presente na bebida era muito maior, em alguns casos mais do que refrigerantes da atualidade. Mas enquanto este traço era apreciado por alguns, não agradava a todos, particularmente o mercado inglês da época, que tinham interesse em espumantes menos doces.

Por serem um dos principais compradores dos franceses na época, esta preferência influenciou a produção de champanhe. O estilo Brut foi iniciado pela casa de champanhe de ponta Perrier-Jouët em meados do século XIX, originalmente para seu extenso mercado na Inglaterra. A safra de 1846 marcou o início de uma nova era; naquele ano, a Perrier-Jouët tomou a corajosa decisão de não adicionar açúcar aos seus vinhos destinados ao mercado inglês. Desta forma foi criado o estilo espumante Brut, que em francês significa “seco”, embora o champanhe elaborado naquele ano pela Perrier-Jouët seria classificado hoje como um brut nature. 

O estilo se popularizou desde então e tornou-se um padrão para espumantes de todo o mundo, muito mais popular do que outras versões mais adocicadas. Como vemos nas quantidades, o espumante Brut se encontra exatamente no meio da tabela entre estilos mais secos e doces, sendo o mais encontrado de forma generalizada, mesmo em supermercados e adegas não especializadas.

Qual o sabor do espumante brut?

Assim como qualquer outro vinho, os aromas e sabores de um espumante Brut são definidos pelas uvas utilizadas, método de fermentação e quantidade de açúcar. Como o Brut está entre os estilos mais secos e doces, sendo considerado um vinho seco, sem dulçor proeminente, isto é uma característica marcante. Mas estamos provando um Brut Rosé ou Branco? Charmat ou método tradicional?

As castas utilizadas na elaboração podem variar mas temos algumas uvas que são tradicionalmente utilizadas para fabricação de champanhe que foram adotadas universalmente na produção de espumantes: Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier.

foto de uva chardonay.Enquanto a Pinot Meunier é utilizada em locais frios demais para as outras uvas, tanto a Chardonnay quanto Pinot Noir são amplamente utilizadas em vinhos em geral e espumantes nacionais de forma brilhante. A Pinot Noir contribui com bom peso no paladar e aromas mais escuros e carnudos, tradicionalmente utilizada na elaboração de espumantes rosé. Já a Chardonnay traz elegância e requinte aos espumantes, juntamente com uma estrutura mais cremosa e aromas elevados de frutas de caroço, amplamente utilizada na elaboração de espumantes brancos.

Devido a combinação de diferentes uvas o sabor e aromas de um espumante brut não possuem um perfil definido, mas sendo elaborado com as castas comuns podemos esperar aromas de fruta amarela crocante e fruta de caroço, aromas cítricos e às vezes flores brancas para espumantes brancos, de sabor seco e acidez bastante presente, de boa cremosidade em boca. Para os espumantes brut rose, seriam notas de fruta vermelha não madura, com cereja e morango azedinho, brioche e nozes das leveduras, com acidez equilibrada em boca, boa cremosidade e notas frutadas.

Um ótimo exemplo é a linha Hermann Lírica, espumante nacional elaborado na Serra Gaúcha, reconhecido produtor recomendado pelo Guia Descorchados, em suas versões espumante Brut e espumante Brut Rosé disponíveis em ótima oferta no Sonoma Market!

Os espumantes brut que passam pelo método tradicional de produção tendem a ter aromas mais parecidos como Champagne, como brioche, nozes e leve fermentação. Enquanto os espumantes brut elaborados pelo método charmat costumam ser mais refrescantes e focados em fruta, com corpo mais leve.

Como beber espumante brut?

Taças apropriadas

Foto de espumante brut em taças.Em uma comemoração e ou ao brindar um momento especial, espera-se que as taças ou copos já tenham sido separadas, embora a melhor taça seja sempre àquela que se encontra à mão. Mas quando a oportunidade se mostra, como escolher a taça ideal para o seu espumante brut?

Não tem absolutamente nada de errado em servir um espumante em uma taça de vinho tinto ou branco, ou qualquer taça padrão de base mais larga e boca mais estreita. Não tem nada de errado, mas também não é o ideal. O espumante brut é um tipo de vinho com características bem marcantes e a taça que mais realça essas características é a taça flute ou taça de champanhe. 

A taça flute foi especialmente designada para champanhe e espumantes mais secos como o brut. A flute de champanhe é uma taça de haste longa, recipiente cônico, alongado e estreito, com capacidade em média para 180ml. O formato permite segurar-se na taça pela haste sem que a bebida esquente, a forma alongada e cônica ajuda a preservar a bebida gaseificada e a taça geralmente é transparente para permitir observar as bolhas ou perlage, e o formato estreito concentra os aromas e sabores.

Outra opção é a taça tulipa. A tulipa de vinho branco é distinguível da taça de champanhe por seu corpo e boca mais largos. Alguns enófilos preferem a taça tulipa, pois permite que o bebedor obtenha mais aroma do que uma taça tradicional, enquanto a boca ainda é estreita o suficiente para evitar a perda rápida de carbonatação.O colunista de culinária do Washington Post, Dave McIntyre, argumentou que a tulipa permite que o champanhe se mova para o meio da frente da língua, permitindo que o sabor do vinho seja melhor expresso.

Foto de taça tulipa.Em alguns locais são utilizadas as taças coupe. A taça coupe possui boca mais larga que as outras taças, assemelhando-se a um pires raso com haste curta e base com diâmetro menor, com capacidade em média para 200ml.. Introduzida na França no século 18, a taça foi vastamente utilizada até 1970, particularmente nos Estados Unidos, onde ainda é utilizada como taça para coquetel. Reza a lenda que a taça foi moldada no formato dos seios da Rainha Maria Antonieta da França, considerada uma fusão de formato e quantidades perfeitas. No entanto, o formato da taça a torna difícil de ser segurada pela haste, e segurar pelo corpo da taça faz com que o líquido esquente em contato com o calor das mãos. A pouca superfície de contato e boca larga faz com que seja mais difícil captar os aromas.

Foto de leonardo di caprio segurando taça coupe.

Temperatura Ideal

Champanhes e espumantes devem ser servidos gelados. O mesmo vale para espumante brut. Sua temperatura ideal para beber é de 7 a 9 °C. Frequentemente, a garrafa é resfriada em um balde com gelo e água, meia hora antes de ser aberta, o que também garante que o espumante fique menos gasoso e possa ser aberto sem derramar. Os baldes de champanhe são feitos especificamente para esse fim e geralmente têm um volume maior do que os baldes de resfriamento de vinho padrão para acomodar a garrafa maior e mais água e gelo.

Cuidados quando servir

Para reduzir o risco de derramar ou borrifar seu espumante, a garrafa é aberta segurando a rolha e girando a garrafa em um ângulo de 45º para facilitar a saída da rolha. Este método, ao contrário de puxar a rolha para fora, evita que a rolha voe para fora da garrafa em alta velocidade (os gases em expansão são supersônicos e a velocidade da rolha é particularmente perigosa). Além disso, segurar a garrafa em um ângulo permite a entrada de ar e ajuda a evitar que o champanhe saia da garrafa. Para evitar a espumação de um líquido que não foi gelado adequadamente considere inclinar a taça servida de modo que o líquido escorra pela superfície e ao invés de servir diretamente ao fundo da taça.

O que comer com espumante brut?

Foto de frutos do mar.A natureza seca e refrescante do espumante brut, juntamente com a acidez abundante, faz com que este estilo seja uma excelente opção gastronômica. 

Os brancos brut são uma excelente opção para petiscos e canapés, e também combinam de forma perfeita com peixes e frutos do mar, limpando o paladar para melhor apreciar a comida. Lagosta na manteiga, peixe assado com um toque de limão e sabores leves são um bom caminho, embora alguns possam harmonizar também com queijos leves mais salgados e feijoadas bem temperadas. 

O mesmo vale para o espumante brut rosé, embora a mudança de sabor possa sugerir combinações mais diversas com sabores mais intensos como massas leves, crepes, queijos e peixes defumados e mais carnudos. 

Mas a melhor opção, além de tentar descobrir suas próprias harmonizações favoritas é sempre seguir a sugestão do sommelier, maitre ou da curadoria responsável pelo espumante.

Onde comprar?

Embora espumante brut seja um dos tipos mais encontrados em supermercados, para encontrar algo que se adeque ao seu paladar ou da pessoa presenteada, é sempre uma ótima opção procurar uma adega especializada ou curadoria responsável. 

Aqui no Sonoma Market temos diversas opções de espumantes brut e outros estilos com descrição exclusiva de nossa curadoria para auxiliar em sua escolha, além de nosso e-mail marketing sempre com as melhores sugestões em ofertas incríveis. Conheça!

O espumante, através de sua história como um vinho especial, consolidou seu lugar como indispensável em comemorações e celebrações. Mas entre fatos e curiosidades, o importante é poder celebrar bons momentos de forma plena com quem amamos. Mas se a escolha for um espumante brut, espero que este artigo possa ajudar na escolha.

Saúde!

Sidnei Fernandes, Equipe Sonoma Market.

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Uva Tempranillo: o que é características de seus vinhos e muito mais!

1/13/2023

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A existência do vinho na Espanha antiga foi descoberta em 1972, quando arqueólogos desenterraram um mosaico do deus do vinho Baco em Baños de Valdearados, no centro-norte da Espanha. O Tempranillo pode muito bem ter sido o vinho mostrado no mosaico já que existe na Espanha pelo menos desde 800 a.C.

Acredita-se que os fenícios trouxeram o vinho para o sul da Espanha, e os  elaborados com a uva Tempranillo originaram-se nesta área. Hoje, as uvas da casta são cultivadas mais comumente nas regiões de Navarra e Rioja, que ficam a cerca de 480 km a oeste de Barcelona.

A Tempranillo é a terceira uva para vinho mais plantada no mundo, por isso te convidamos a embarcar em uma jornada onde desvendaremos juntos as origens, perfil de vinhos e dicas de compra desta uva tão democrática e que conquista o paladar de tantos apaixonados por vinho ao redor do mundo.

O que é a Uva Tempranillo

Como contamos acima, a história da uva Tempranillo é bastante antiga. Os estudos realizados indicam que a casta vem sendo cultivada desde 800 a.C. na atual província espanhola de Cádiz. Ao que tudo indica, foram os fenícios que habitavam o Oriente Médio responsáveis por trazer as videiras até a Península Ibérica.

A Espanha possui aproximadamente 600 espécies de uvas nativas. Esse é um número que supera até mesmo o da Itália, país que também apresenta grande variedade de uvas autóctones.

A Tempranillo tem grande capacidade adaptativa, se desenvolve em locais com distintas altitudes, solos e microclimas, com uma grande preferência por regiões com grande amplitude térmica, em solos secos e vinhedos com alto índice de insolação, necessitando de pouquíssima água durante todo o seu ciclo, desde a brotação. 

É possível obter uvas da melhor qualidade em solos que são os pedregosos, os graníticos e os argilosos calcários, preferencialmente com baixa quantidade de matéria orgânica. Sua grande capacidade em se adequar aos mais diferentes locais, resulta em vinhos bastante distintos. É por isso que a casta ganhou dezenas de nomes diferentes em cada clima e região. Na Rioja, a Tempranillo alcançou a sua maior expressão. Seus vinhos são emblemáticos e têm grande reputação e notoriedade, tornando-se a casta símbolo da forte viticultura espanhola.

Origem Uva Tempranillo

Foto de vinícola de uva tempranillo.Tempranillo é uma casta de uva tinta originária da Península Ibérica. Seu nome vem do termo espanhol ‘temprano’, que em português significa ‘cedo’. O nome Tempranillo foi escolhido pelo fato desse tipo de uva apresentar ciclo de crescimento curto e amadurecimento rápido.

A uva Tempranillo é cultivada em quase todas as sub-regiões produtoras de vinho da Espanha, em Portugal, no Brasil, na Argentina, nos Estados Unidos e também na Austrália, e a uva basicamente recebeu um nome diferente em cada país – apesar de ser internacionalmente conhecida como Tempranillo.

No Douro e Dão, por exemplo, a uva foi batizada como Tinta Roriz, enquanto no Alentejo a casta recebeu o nome Aragonez. Na Itália é chamada de Negretto e, nos Estados Unidos, ganha a denominação Valdepeñas.

Além de serem utilizadas na fabricação de vinhos tintos, a uva Tempranillo também é usada na produção do tradicional vinho do Porto, surgindo como uma das cinco uvas que são permitidas na fabricação do vinho fortificado português.

Qual os aromas e sabores da uva Tempranillo?

Devido à diversidade de terroirs onde as uvas são cultivadas e a possibilidade de ser vinificada de diversas formas diferentes (em aço inoxidável, carvalho, cimento ou argila), a uva tem um perfil aromático e de sabores que é extremamente variado.

Quando jovens, elaborados com foco maior na exuberância da fruta, o vinho tinto feito com a uva Tempranillo apresenta aromas acentuados de frutas vermelhas, como framboesa, cereja e morango, que costumam predominar. Já nos vinhos tintos envelhecidos em carvalho, os aromas de geleia de frutas são marcantes, inclusive o de alcaçuz.

Em geral, também é possível sentir aromas e sabores de ameixa, tomate e figo seco, madeira de cedro, couro, tabaco, baunilha e cravo.

Os vinhos costumam ser bem equilibrados e ter uma acidez média, com teor alcoólico que gira em torno de 13-14,5% e taninos médios para mais, normalmente bem marcantes. 

Quanto maior a qualidade do vinho, mais equilíbrio existe entre a terra e a fruta. O final é tipicamente suave e perdura com o sabor do tanino em ambos os lados da boca.

Os vinhos Tempranillo das regiões do Novo Mundo, incluindo Argentina, México e Estados Unidos, geralmente oferecem mais sabores de frutas como cereja e molho de tomate, seguidos por taninos robustos e notas menos terrosas. O Tempranillo pode ser caracterizado como um vinho de corpo médio a encorpado, com características de frutas vermelhas.

Se você nunca experimentou o Tempranillo antes, pode descobrir que ele tem um perfil de sabor semelhante ao Sangiovese e ao Cabernet Sauvignon.

Uma nota sobre o corpo: o corpo dos vinhos Tempranillo costuma ser cheio-encorpado, principalmente considerando as safras com condições climáticas ideais e também os vinhos que passam por envelhecimento em carvalho – muitas vezes novo.

No entanto, esta casta tem cascas mais finas e uvas maiores que a Syrah, então quando você olha para ele em uma taça, parece mais translúcido. Devido ao estilo de envelhecimento tradicional em carvalho na Espanha, o Tempranillo costuma ter uma tonalidade laranja avermelhada.

Quais as características da uva Tempranillo?

Infográfco da Uva Tempranillo.

Crédito de Wine Folly

Não brotando nem cedo nem tarde, mas amadurecendo, como o apelido de “primeiro pequenino” implica, mais cedo do que as outras uvas ibéricas, a Tempranillo é muito apreciada pelos produtores.

Como é o caso da Garnacha (Grenache), a uva Tempranillo se presta bem ao cultivo em arbusto ou na forma de “cálice”, que é como tem sido tradicionalmente cultivada em toda a Península Ibérica. Pensa-se que a liberdade das vinhas do mato encoraja o desenvolvimento dos sabores frutados dos vinhos resultantes, ao mesmo tempo que proporciona sombra eficaz para os cachos durante os longos dias de verão na Espanha.

Muitos produtores espanhóis também estão obtendo bons resultados com as vinhas Tempranillo conduzidas em arames. Sendo uma variedade vigorosa, um regime de poda destemido é essencial para manter a qualidade dos frutos no seu melhor.

O Tempranillo é relativamente suscetível ao parasita oídio devido aos seus cachos compactos e cilíndricos. Esses cachos são um perigo vitícola, pois podem abrigar uma série de outras pragas e doenças que exigem um manejo cuidadoso dos vignerons.

Como é o vinho feito da uva Tempranillo?

Foto de garrafa de vinho de uva tempranillo.A região de Rioja, no centro-norte da Espanha, oferece o que muitos consideram uma das áreas de referência mundial para a uva Tempranillo. Por que? Bem, exemplos de alta qualidade desta área envelhecem tremendamente bem.

Aos 10 anos evoluem para vinhos tintos polidos com ricas notas de frutos vermelhos.

Aos 20 anos suavizam e adoçam sutilmente com características de nozes e frutas secas.

Ainda assim, a região é bastante extensa (e muito produtiva!) por isso há uma variedade de qualidades a serem encontradas. (Nem todos devem ser envelhecidos.)

Portanto, se você está procurando um ótimo lugar para começar, experimente uma garrafa de Rioja Reserva e mergulhe na história (e estilo) do que esta região tem a oferecer.

Rioja usa alguns sistemas de classificação para qualidade. Uma é por regime de envelhecimento e a outra por especificidade regional.

Na Rioja é muito comum elaborar vinhos com cortes majoritariamente compostos por Garnacha, Mazuelo e Graciano. O carvalho americano é a escolha tradicional dos produtores de vinho em Rioja, e o perfil de sabor do Tempranillo se integra bem com as notas de baunilha e coco transmitidas pelos novos barris de carvalho americano.

Mais a oeste, na Ribera del Duero, dizem que a região tem “10 meses de inverno e 2 meses de inferno”. A estação de crescimento extremamente quente (e mais curta) da região combinada com seus solos (argilo arenoso com margas calcárias) produz um estilo mais rico de vinho Tempranillo. 

Em Ribera del Duero, muitas vezes você vai encontrar a casta sendo chamada de Tinta del País. Por lá a moda é usar proporções mais altas de barris de carvalho francês, para permitir que a fruta de Tempranillo brilhe com foco em sabores de carvalho mais temperados. No entanto, com o tempo, os dois estilos foram gradualmente se consolidando e o consumidor já pode encontrar vinhos complexos elaborados em carvalho que combinam todas essas opções.

Subindo o rio Douro, e mais perto da fronteira portuguesa, existe também a região de Toro. Em Toro, eles costumam chamar a Tempranillo de “Tinta de Toro” e o vinho é feito em um estilo rico bastante semelhante. Esses vinhos são mais difíceis de encontrar do que Ribera del Duero (fora da Espanha) e são conhecidos por seus taninos robustos e aderentes.

Para os entusiastas e colecionadores de Tempranillo, Toro é um lugar para explorar mais.

Em Portugal os vinhos à base de Tinta Roriz (Aragonez) exibem uma cor vermelha profunda acompanhada pelo aroma complexo e sedutor de mirtilo, groselha, amora, framboesa, dentre outras frutas vermelhas. Este aroma é ainda mais realçado e intrincado quando o vinho envelhece em barricas.

O vinho envelhecido tem um efeito mais suave e aveludado no paladar com as notas exóticas de baunilha, coco, tabaco e especiarias. Tem baixo teor de açúcar e tende a exibir um perfil bastante neutro.

Harmonização de comida com vinhos da Uva Tempranillo

Foto de carne em uma tábua.O Tempranillo combina bem com todos os tipos de comida por causa da diversidade nos perfis aromáticos e de sabores dos vinhos produzidos em diferentes lugares do mundo – ou até mesmo dentro da própria Espanha.

Em geral, é um vinho que harmoniza perfeitamente com a cozinha regional espanhola, que inclui legumes assados e carnes curadas, como o vigoroso Jamón Ibérico de Bellota, que cria uma harmonização excepcional. 

foto de jamon.No entanto, como mencionado acima este é um vinho diversificado e que não apenas combina com a comida espanhola local, mas também funciona bem com alimentos de todo o mundo.

Devido à sua natureza neutra, combina bem com pratos indianos picantes, ensopados e legumes assados.Também pode ser bem acompanhado com queijos e pratos com componentes ácidos como limão, tomate ou vinagre.

Algumas sugestões:

  • Lasanhas, pizzas e pratos com molhos à base de tomate
  • Churrasco de carnes grelhadas, pratos defumados
  • Grits, polenta e pratos com milho como ingrediente principal
  • Comida mexicana, como tacos, nachos, burritos e chili relleno

Preço dos vinhos da uva Tempranillo

Produzido em diversos lugares do mundo, mas majoritariamente na Espanha e também em Portugal, estes são vinhos que contemplam absolutamente todas as faixas de preço e de qualidade.

Dentro do portfólio do Sonoma Market temos diversas opções de vinhos Tempranillo de diversas origens, que custam a partir de R$19,80 e outras versões de maior finesse, que podem chegar a custar mais de R$500.

Onde comprar

Dentre os produtores que se destacam na fabricação de vinhos com a uva Tempranillo, podemos citar a vinícola espanhola Valdelosfrailes, a bodega argentina Benjamin Nieto Senetiner e a brasileira Miolo.

E aqui fica uma última dica: se você estiver comprando Tempranillo espanhol, é útil entender os requisitos de rotulagem e como eles afetam o sabor. Existem 4 termos legais de envelhecimento listados na maioria das garrafas de vinho espanhol.

Vin Joven: Raramente envelhecido em carvalho, os Vin Jovens são lançados jovens e devem ser consumidos imediatamente. Estes são incomuns fora da Espanha.

Crianza: Estes tintos requerem 2 anos de envelhecimento, com 6 meses em carvalho. Tradicionalmente, os produtores usam carvalho americano, que é muito mais forte do que outros tipos de carvalho (como o francês).

Reserva: São tintos com 3 anos de idade, sendo 1 ano em carvalho. Estes vinhos são um grande passo em qualidade e têm sabores ricos e redondos por causa da exigência mínima de carvalho.

Gran Reserva: nome usado apenas para vinhos de safras fenomenais e envelhecidos no mínimo 5 anos antes do lançamento com 18 meses de envelhecimento em carvalho, a maioria dos produtores fará 20-30 meses em barril para criar o sabor excepcional.

Que a vitivinicultura espanhola é fantástica todos nós estamos cansados de saber. Mas é impressionante quando começamos a destrinchar cada detalhe que compõem vinhos tão importantes e que fizeram (e fazem) história, há sempre mais a aprender por mais que você já esteja estudando e degustando vinhos espanhóis há muito tempo.

Já tem um Tempranillo favorito? Conta para a gente!

Abraços,

Equipe Sonoma Market

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Venha descobrir tudo sobre a Uva Montepulciano!

1/6/2023

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A Uva Montepulciano é uma variedade desta fruta tinta italiana que é mais conhecida por ser a principal uva por trás dos vinhos DOCG Offida Rosso, Montepulciano d’Abruzzo, Montepulciano d’Abruzzo Colline Teramane, Rosso Conero e do vinho DOC Rosso Piceno Superiore.

Não deve ser confundida com o vinho toscano de nome semelhante, Vino Nobile di Montepulciano, que é feito predominantemente de Sangiovese e recebe o nome da cidade em que é produzido, e não por conter uva Montepulciano no corte.

Esta é uma casta amplamente plantada em todo o centro e sul da Itália, principalmente em Abruzzo, Lazio, Marche, Molise, Umbria e Puglia, e é uma variedade permitida em vinhos DOC produzidos em 20 das 95 províncias italianas.

A uva Montepulciano raramente é encontrada no norte da Itália porque tem tendência a amadurecer tarde e pode ser excessivamente “verde” se colhida muito cedo.

Os vinhos Montepulciano são mundialmente apreciados por seus sabores suaves e fortes pigmentos de cor. Taninos suaves e baixa acidez criam um vinho de corpo médio que normalmente é melhor quanto degustado ainda jovens.

O que é a Uva Montepulciano?

foto de uva montepulciano.

A uva Montepulciano é uma clássica casta italiana e uma das uvas mais amplamente plantadas no país. Produz vinhos tintos profundos e é adaptável a variados estilos de vinificação, desde os tradicionais até os mais modernos.

A Montepulciano produz o famoso vinho Montepulciano d’Abruzzo, o vinho tinto rústico e de corpo médio da Itália central.

A uva Montepulciano já chegou a ser a segunda variedade tinta mais plantada na Itália, pouco à frente de Barbera e depois da Sangiovese. Sua popularidade se deve tanto ao estilo acessível dos vinhos que produz quanto aos altos rendimentos dos vinhedos. A variedade amadurece relativamente tarde e oferece uma boa resistência a pragas e fungos.

A variedade compartilha características fenotípicas com Pugnitello e anteriormente se pensava que eram a mesma variedade. No entanto, o perfil de DNA provou que são diferentes.

Para encontrar vinhos à base de uvas Montepulciano fora da Itália, você teria que viajar para vinhedos bastante únicos nos EUA e na Austrália, onde cerca de 1% dos vinhos de Montepulciano são produzidos. Estes estão mais do lado experimental, ao contrário dos vinhos clássicos desses respectivos países.

Os produtores de vinho Montepulciano na Itália geralmente seguem uma das duas ideologias de vinificação: há aqueles que usam carvalho novo para envelhecer seus vinhos e aqueles que não passam por madeira.

Os vinhos Montepulciano envelhecidos em carvalho têm, de longe, conquistado os enófilos mais entusiasmados ao redor do mundo. Esses vinhos exibem sabores profundos de frutas negras, como amora, amora e ameixa, alcaçuz e sabores de carvalho de cacau, baunilha e mocha. Os vinhos são escuros e às vezes têm taninos pronunciados, então procure um com cerca de 4 anos ou mais. 

Montepulciano é uma uva que tem muita antocianina (cor) nas cascas, por isso alguns produtores que não usam carvalho por vezes optam por fazer o vinho em um estilo mais leve e também versões rosé. Os vinhos saem cheios de sabores de frutas, ervas secas e muitas vezes toques de fumaça ou defumado.

O que significa Montepulciano?

foto da cidade de montepulciano.O nome da uva Montepulciano é, na verdade, uma referência à cidade de Montepulciano, na província de Siena, na Toscana. Porém, historicamente, a sua origem se deu em Abruzzo, mais ao centro da do país, possivelmente na área de Torre de Passeri.

Como a Sangiovese é cultivada na área de Montepulciano, na Toscana, a variedade Montepulciano às vezes é erroneamente considerada sinônimo de Sangiovese, mas isso não se confirma por observações ampelográficas e perfis de DNA. Ou seja, Montepulciano não é uma espécie de Sangiovese e não faz parte dos vinhos que levam o nome de “Vino Nobile di Montepulciano”.

Origem da uva

Foto de vinícola.A uva Montepulciano é uma casta que teve origem na região vinícola de Abruzzo, que está situada no centro da Itália, a cerca de duas horas de carro a leste de Roma. 

Abruzzo estende-se por 130 quilômetros ao longo da costa do mar Adriático e é uma região montanhosa, formada por várias colinas e quilômetros de praias, incluindo a imponente cordilheira dos Appennini e Gran Sasso, que é um dos picos mais altos da Itália com 2.912m.

Abruzzo produz vinho desde o século VI aC, com herança dos etruscos. A uva Montepulciano teve seu primeiro relato histórico em 1793. No entanto, não foi até o final do século XX e início do século XXI que a Montepulciano se tornou a variedade de uva nativa mais exportada da Itália, depois da Sangiovese.

Alguns dos melhores vinhedos estão nas encostas com vista para o oceano ao longe. Tem um clima mediterrâneo com sol abundante ao longo da costa e uma precipitação média de 26 polegadas por ano. No interior, nas montanhas dos Apeninos, é um clima mais continental com neve nos invernos.

Ao norte, o cenário é composto por terrenos arenosos; já no sul, encontram-se terrenos marcados por uma vegetação mediterrânea. A temperatura média anual varia entre 8 e 12 ºC nas áreas montanhosas e de 12 a 16 ºC na parte marítima. 

Seus melhores vinhos com uva Montepulciano são elaborados da parte norte da denominação, sendo que grande parte provém do distrito de Chieti. Assim, a região é considerada uma das maiores produtoras de vinhos italianos, tornando-se fundamental para viticultura do país.

Características da Uva Montepulciano

A Montepulciano é uma uva de amadurecimento tardio com casca grossa, resultando em um vinho roxo de cor rica. Pode ser bastante concentrado com taninos arrojados quando cultivado com cuidado, mas é mais provável que seja bastante fino se for produzido em excesso na vinha. A uva costuma apresentar acidez elevada e álcool moderado.

Existem vários tipos principais de vinho feitos com uvas Montepulciano, todos os quais devem obedecer às leis italianas da Denominazione di Origine Controllata (DOC).

As regiões que cultivam Montepulciano tradicionalmente a combinam com uma porcentagem menor de outras uvas italianas nativas, como Sangiovese, mas também Syrah. Assim, a denominação de origem do vinho muda de acordo com o percentual mínimo da uva Montepulciano na bebida:

Montepulciano d’Abruzzo DOC: Indiscutivelmente o mais famoso de todos, esta mistura de vinhos deve ser feita com pelo menos 85% de uvas Montepulciano e até 15% de uvas Sangiovese.

Há também Montepulciano d’Abruzzo Colline Teramane DOCG (pelo menos 90% de uvas Montepulciano) e Controguerra Rosso DOC (pelo menos 60%).

Riserva: Qualquer vinho Montepulciano com o rótulo Riserva deve envelhecer por pelo menos três anos – pelo menos seis meses de envelhecimento devem ocorrer em barris de carvalho.

Cerasuolo d’Abruzzo: Significa “cereja” em italiano, este Montepulciano rosé oferece uma alternativa de tons profundos às onipresentes versões rosa claro da França ou dos EUA.

Como é o vinho desta uva?

Foto de barris de vinho de uva montepulciano.Na maioria das vezes, os vinhos Montepulciano são de corpo médio com taninos macios, alta acidez e sabores suculentos de frutas. 

Mas não se engane, Montepulciano é um vinho mais seco, então os sabores de frutas não são iguais a doçura.

Montepulciano é conhecido por sua cor profunda, taninos poderosos e acidez bastante alta. Com aromas e sabores fortes, os sabores mais notáveis incluem notas de orégano, pimenta, tomilho, tabaco e frutas negras. No entanto, o sabor deste vinho rústico pode ser drasticamente influenciado pela forma como é envelhecido.

Qual o preço dos vinhos da Uva Montepulciano?

A uva Montepulciano produz uma variedade de estilos. Somente na categoria de vinho tinto, pode produzir tintos delicados e frutados, ótimos para o prazer diário, vinhos idiossincráticos de terroirs únicos e até mesmo expressões densas e longevas, que merecem um envelhecimento prolongado em garrafa para mostrar o seu melhor.

Os vinhos que são feitos com a uva Montepulciano podem ser encontrados aqui no Brasil por uma vasta gama de preços, que vai de R$29 até mais de R$600.

Melhores vinhos feitos com a uva

Foto de vinho feito com uva montepulciano.Em uma área tão abrangente como a região produtora de vinhos com a uva Montepulciano na Itália, é claro que muitos nomes estão dentre os destaques. Hoje escolhemos três que certamente estão no TOP 5 Melhores Produtores da região. 

Começando por Castorani, uma vinícola orgânica que foi fundada no ano de 1793. A propriedade fazia parte do dote de Lady Adelina Ruggeri De’ Capobianchi quando ela se casou com o ilustre Raffaele Castorani, cuja fama veio de seus anos como professor na Sorbonne em Paris e principalmente do desenvolvimento da primeira cirurgia de catarata. Desde então, a propriedade é conhecida como Villa Castorani.

Em meados do século XX a vinícola entrou em uma fase de decadência, e ali permaneceu até ser resgatada por um grupo de cinco amigos e investidores que adquiriram a propriedade em 1999. Hoje em dia, cada membro desse grupo supervisiona de perto todas as fases envolvidas na preparação de um bom vinho, desde o cultivo exclusivamente orgânico, a colheita que é feita de maneira muito cuidadosa, a vinificação em si e também o marketing e distribuição dos seus vinhos. 

Temos também a vinícola Masciarelli, que foi apontada pela revista Wine Enthusiast como o “anjo da guarda do Abruzzo”. Masciarelli revolucionou a produção de vinhos na região, “alcançando o ponto máximo não apenas entre os vinhos do Abruzzo, mas de toda Itália”, na opinião do Gambero Rosso.

Entre os inúmeros prêmios que recebeu, a vinícola emplacou também o cobiçado título de Produtor do Ano, do Gambero Rosso, um dos guias vinícolas mais importantes da Itália, além de notas altíssimas de toda a imprensa especializada.

Por fim, mas não menos importante, temos Emidio Pepe, uma vinícola que tem como filosofia a simplicidade e a mínima intervenção humana durante o processo da vinificação. Todo o trabalho é feito nas vinhas e isto, por si só, deve ser o suficiente para elaborar um grande vinho. 

O respeito pelas uvas é o seu lema: esmagam as uvas para seu vinho Trebbiano com os pés, como faziam antigamente todos os enólogos italianos e deixam o vinho envelhecer em silos de vidro e cimento, como manda a tradição.

Os vinhos falam por si, teimosos, honestos mas elegantes e complexos ao mesmo tempo. Uma verdadeira experiência de vinho italiano para os apaixonados por vinho!

Harmonizações 

Foto de macarrão a bolonhesa.Montepulciano é melhor apreciado com pratos fartos e saborosos, como carne bovina, hambúrgueres, carne à bolonhesa, tagliatelle, ragu e pizzas com alto teor de proteína. Também é uma ótima opção para os apreciadores de grelhados, harmonizando bem com carnes defumadas ou grelhadas. Como bônus, a carne temperada com sálvia, manjericão, alecrim ou tomilho complementam os tons de ervas e terrosos do vinho.

Pratos de carne não são a única harmonização de Montepulciano. Pode ser uma adição saborosa a vegetais ricos e assados oferecidos durante o inverno, incluindo batatas assadas, cogumelos, beterraba e tomate, tornando-o um vinho perfeito para climas mais frios. Quando se trata de queijo, experimente um copo de Montepulciano com cheddar envelhecido, asiago ou parmesão.

Procurando um ótimo vinho para acompanhar a comida asiática? Combine Montepulciano com pratos salgados temperados com alho, gergelim, gengibre ou molho de soja para uma combinação perfeita. Este vinho é para você, se você gosta de comer churrasco coreano ou pato laqueado.

Para a sobremesa, dê destaque para as notas frutadas de um Montepulciano d’Abruzzo com um crumble de cereja, amora ou amora. Para um Riserva mais envelhecido, você não pode errar com nada de chocolate amargo.

Das colinas da Toscana à sua mesa de jantar, o vinho Montepulciano é um daqueles vinhos que iniciantes e enófilos experientes podem concordar sobre. Com seus sabores arrojados de frutas, qualidade tânica suave e final seco, este tinto profundamente colorido complementa uma variedade de pratos e ocasiões.

Montepulciano oferece uma experiência fácil de beber que ajuda você a saborear o momento. 

Aproveite a vida,

Equipe Sonoma Market

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Os vinhos da (minha) ceia de Natal

12/18/2022

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Este ano vou passar o Natal em Curitiba, com a família de Paty, minha esposa.

Vai ser o segundo com os Locks e já aprendi o que esperar: uma sala de jantar cheia de familiares e amigos, uma mesa farta, boa vibe. 

Terá pratos vegetarianos (a Paty não come carne), mas os destaques serão: peru recheado, salpicão de frango defumado, strogonoff de filé mignon e a famosa lasanha de quatro queijos da mãe da Paty, prato que é sucesso absoluto entres os paranaenses.

Muita comida! Muitos vinhos também!

Se você pensa como eu “o final de ano é um dos melhores momentos do ano para vinho”, essa é a oportunidade de abrir e provar uma série de vinhos novos e empolgantes.

Selecionei 7 vinhos que eu considero fantásticos para essa ceia. Nesta matéria, falo sobre eles.

Minhas regras para Natal no Brasil

  1. Vinhos brancos – sim! Tá calor! Espumantes também!
  2. Vinho tintos de corpo leve para médio.
  3. Buscar vinhos com graduação alcoólica abaixo dos 14%. (Tá calor!)
  4. Rótulos coringas, que harmonizam com diversos pratos, seja quais forem.
  5. Uma coisa ou outra para impressionar.
  6. Não ultrapassar os R$200. Muito para gastar num vinho para muita gente, pouco para outros. De modo geral, acho que não precisa passar muito desta faixa quando se pensa em um almoço com muita gente.

Minhas escolhas de vinhos para a ceia de Natal

Primeiro, começando pelos vinhos brancos.

Nenhum outro país do mundo faz vinhos brancos que nem a França. 

Decidi apostar em 2 do norte do país, recém chegados através da importação e curadoria exclusiva do Sonoma Market.

Ambos foram escolhidos para impressionar…

Chablis está em alta no Brasil. O fato é que, apesar do baixo rendimento das últimas safras na Borgonha e a pouca disponibilidade dos vinhos dos melhores produtores, as prateleiras dos supermercados e lojas das importadoras nunca estavam mais cheias de Chablis. 

Tem muito Chablis medíocre por aí. Conhecer o produtor é muito importante em Chablis, muito mais do que em outras regiões. O vinho que decidi levar é deste último produtor, Vincent Dampt, peso-pesado com 4 gerações de história na região. 

Vinho #1 – Vincent Dampt Chablis 2020

Pela qualidade deste vinho, podia custar o dobro. 

VINCENT DAMPT CHABLIS 2020

Foi o vinho branco que escolhi para o meu casamento em agosto. (Aquele foi da safra 2019, agora este da 2020 está tão brilhante quanto, recentemente arrancou 92 Pontos pela inglesa Decanter). Na minha opinião, o Chablis Village, do Dampt é um dos melhores.

Hoje este vinho está sendo oferecido em promoção espetacular para o final do ano, apenas R$199,9. Comprei uma Caixa para mim!

Agora o segundo vinho, de uma região de vinhos brancos tão badalada quanto Chablis…

Estou falando de Sancerre, berço da uva Sauvignon Blanc.

Por séculos os vinhos do Sancerre foram os prediletos da nobreza francesa durante o verão e nos últimos anos temos visto uma grande explosão de procura por estes vinhos.

Sancerre, antigamente famosa por sua mineralidade, boa acidez e corpo leve, está mudando – pela mudança climática, todo verão é quente no Loire, hoje estes vinhos são mais robustos, encorpados, plenos, até opulentos, sem perder a essência – raspas de limão, pedra de isqueiro, toques de maracujá e manga verde, uma excelente persistência.

Assim como Chablis, simplesmente não há volume de vinho o suficiente dos produzidos pelos  melhores produtores. Portanto há muito Sancerre a preços altíssimos por aí. Aposte nestes produtores: Vacheron, Mellot, François Cotat, Jean-Max Roger e Lucien Crochet.  Sonoma representa tanto Jean-Max Roger quanto Lucien Crochet e escolhi o novo vinho do Crochet.

Vinho #2 – Lucien Crochet Sancerre 2020

Vou quebrar minha regra 3) com este vinho, já que a graduação ultrapassa os 14˚, apesar de não aparentar nem um pouco, de tão bem feito. 

VINHO BRANCO LUCIEN CROCHET SANCERRE VILLAGE 2020

Um vinho que oferece um lado mais profundo e encorpado de Sancerre, este será o vinho não para abrir a refeição e sim para servir junto com os pratos, como chester ou peru. 

Acho que não há Sancerre bom no Brasil abaixo dos R$300 hoje (eu não vi), mas na nossa promoção especial de Final de Ano este Sancerre sai por apenas R$199,9 também. 

Aproveite! O valor aumenta no dia 1º de janeiro de 2023.

Agora, o espumante escolhido!

O próximo vinho é brasileiro, uma novidade na nossa curadoria.

Não é segredo que sou fã do trabalho do Luis Henrique Zanini, responsável por Era dos Ventos, entre os vinhos brasileiros mais interessantes no dia de hoje.

Recentemente lançou uma linha chamada Regeneração. De produção orgânica e com uma missão social, o intuito de ajudar no reflorestamento de áreas desmatadas, os vinhos entregam uma qualidade impressionante pelo valor, muito mais acessíveis dos da própria Era dos Ventos.

Vinho #3 – Regeneração Espumante Rosé Brut

Vem da Serra Gaúcha e oferece frescor, corpo, uma certa austeridade que acho refrescante (quase nada de açúcar perceptível) e um quê de frutas vermelhas não maduras, morangas de framboesas, que achei deliciosa.

VINHO REGENERACAO ESPUMANTE ROSE BRUT

Feito 100% de Pinot Noir, é a harmonização ideal para peru, chester, leitão, realmente um espumante feito para a mesa mesmo. Por R$87 é para “comprar sem pensar”.

Pronto para os vinhos tintos?

Para o Natal na Califórnia (onde nasci e fui criado, meus pais seguem lá) sempre aposto em um Bordeaux ou Cabernet de Washington ou Napa Valley, combinam muito com as noites frias.

Em Nova York (passei 5 anos lá antes de me mudar para São Paulo, faz uma friaca total no mês de dezembro), sempre ia nos Châteauneufs-du-Pape ou os Côte-Rotie ou os Ribera del Duero Reserva, vinhos potentes, encorpados.

No Brasil estes vinhos não funcionam.

Nosso verão aqui, e o cardápio de pratos servidos no Natal brasileiro, pedem outros estilos. Pinot Noir. Pedem Frapatto ou Etna Rosso. Pedem Chianti.

Chianti é incrível na mesa, desde as versões mais básicas, os vinhos que levam somente “Chianti” no rótulo, sem denominação adicional, até os mais elaborados.

Chianti Classico é um mundo à parte, nada a ver com as outras 7 sub-regiões que produzem Chianti.

Chianti Classico, de produtor bom, oferece uma das versões mais puras e expressivas da uva Sangiovese, oriundo do seu berço natal, onde tem sido cultivado desde há 600 anos. 

Feito por um produtor bom e de safra notável, pode esperar cereja fresca, notas animalescos, um leve ferroso em nariz em boca (Sangiovese vem do latino sanguis, ou sangue, a cepa nomeada justamente por estes nuances ferrosos), acidez brilhante que faz a boca salivar, corpo médio para leve, com graduações comportadas, raramente ultrapassando os 13,5% ou 14%, taninos firmes e vigorosos… simplesmente perfeito para uma série de pratos, desde lasanha e salpicão até strogonoff, chester, peru, leitão, bacalhau e mais…

Selecionei 2 vinhos da excelente safra 2019

São entre os melhores Chianti Classicos disponíveis no Brasil hoje.

Vinho #4 – Castello di Monsanto Chianti Clássico 2019

Os vinhos de Monsanto são incríveis. Destacado inúmeras vezes pelos críticos ao longo das décadas, o produtor foi responsável pelo primeiro “Cru” vinho de Chianti Clássico, Il Poggio. São entre os melhores tintos da Toscana toda, pelo valor. 

VINHO TINTO CASTELLO DI MONSANTO CHIANTI CLASSICO 2019

Este rankeia junto com os vinhos da Fontodi e Felsina entre os Top 3 Chianti Clássico do Ano pelo James Suckling, com 94 Pontos. 

Só que os vinhos da Fontodi e Felsina saem por R$500 na loja da importadora.

Este? Um Chianti Classico por apenas R$199,9 na promoção final do ano.

Vinho #5 – Il Molino di Grace Chianti Classico 2019

Tão lindo quanto o da Monsanto, um pouco menos opulento e com uma acidez brilhante, este achado por Il Molino di Grace impressiona safra após safra, um dos vinhos mais apreciados por nossa equipe de sommeliers neste mês de dezembro. 

VINHO IL MOLINO DI GRACE CHIANTI CLASSICO 2019

Top 50 Vinícolas do Mundo pela Wine & Spirits em 2015. Ao conhecer este Chianti, vai entender por que. Queria muito comparar ele ao lado do Monsanto, ambas de sub-regiões prestigiadas dentro da Chianti Clássico DOCG, uma bela comparação de terroir. Sai por apenas R$175,9 na promoção de agora. Forte.

Bora fechar?

Meus vinhos de sobremesa

Com a chave de ouro, literalmente, no caso destes dois dourados vinhos de sobremesa.

O final da refeição no Natal pode ser sinônimo de vinhos de Porto.

Porém, olhando a temperatura em Curitiba nas próximas semanas, vou apostar em dois vinhos um pouco mais leves.

Vinho #6 – Château Haut-Peyraguey Symphonie de Haut Peyraguey 2018

Se você não provou este vinho, você merece. 

VIHO DE SOBREMESA CHATEAU HAUT PEYRAGUEY SAUTERNES SYMPHONIE DE HAUT PEYRAGUEY

Primeiro, não há Sauternes de pronto entrega no Brasil por R$175, o valor deste hoje. 

Segundo, este Sauternes não é qualquer Sauternes. Château Haut-Peyraguey  é uma propriedade 1er Grand Cru Classé. Dos 200 produtores de Sauternes, apenas 15 são rankeados 1er Grand Cru, elite do elite. Este vinho é jovem ainda, mas sua acidez brilhante, nuances florais e de pêssego e paladar que esbanja damasco maduro e mel é uma experiência intrigante, equilibrada e incrível. 

Se você gosta de Sauternes ou nunca provou um mas gostaria, aposte neest!

Junto com ele, vou trazer uma raridade da Espanha, um dos melhores vinhos de sobremesa do país, uma raridade produzida na ilha de Málaga. 

Málaga possui uma produção de dois milênios, com uma viticultura com raízes gregas, egípcias e fenícias. 

Estou trazendo uma única garrafa pois restam apenas 20 unidades no Brasil.

Vinho #7 – Jorge Ordoñez Victória N˚2 Moscatel de Malaga (375ml)

Com apenas 10% de álcool e uma cor brilhantemente dourada, este vinho é tão delicioso que daria para tomar a taça por si só, sem pensar que é um vinho de sobremesa, sem pensar em harmonizar. Casca de laranja e maçã evolui para frutas cristalizadas, água de rosa e um dulçor de leve, mas impactante. Impressionante este vinho de sobremesa.

VINHO DE SOBREMESA JORGE ORDONEZ VICTORIA No 2 MOSCATEL DE MALAGA 2018 375ML

E, é isso…

A mesa plena e ampla de Natal oferece uma cena ideal para estes vinhos. Acredito (e espero!) que todos irão gostar, e MUITO! 

Quem sabe seriam achados interessantes para seu Natal também! 

Bons preparos ao longo desta próxima semana.

Precisando de vinhos, sabe que pode contar com a gente!

Abraço grande, 

Alykhan Karim

CEO – Sonoma Market

 

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Os maiores do Minho

12/8/2022

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Definitivamente em alta, este estilo fresco e jovem do norte de Portugal tem se popularizado cada vez mais em todo o mundo. Apresentamos hoje uma seleção dos melhores Vinhos Verdes do Sonoma Market!

Por séculos Portugal foi conhecido no mundo de vinho somente por seus portos. 

Destinados para os diversos países do império britânico, a bebida fez com que a cidade de Porto virasse o epicentro da atividade econômica do país.

Acredita que somente nos últimos 40-50 anos que os tintos de Portugal começaram a se destacar na cena internacional? Já os brancos, acredita que houve reconhecimento somente nos últimos 20 anos?

Que bom, para nós. Há muitas descobertas ainda não precificadas da forma que deveriam.

Hoje muitos dos melhores vinhos brancos de Portugal vêm do norte do país, da região de Minho, também conhecida como Vinho Verde, entre as maiores (e mais bonitas) regiões produtoras da Europa.

Surpreso? 

Talvez você conheça Vinho Verde somente pelos vinhos meio basicões. Infelizmente, há muitos desses, sem muito caráter, meio açucarados e insípidos, enfiados nas gôndolas dos supermercados do Brasil para enganar consumidores.

Por décadas, ao longo de todo o século passado até os anos 90, os vinhos de Vinho Verde foram produzidos pela uva Vinhão, com casca grossa e bastante acidez. Vinificadas em tanques abertas e engarrafadas às pressas, muitas vezes antes da fermentação terminar, os traços de dióxido de carbono deixado nas garrafas viraram a marca da região: vinhos simples, levemente efervescentes, levemente açucarados (Casal Garcia o maior exemplo deste estilo, levado hoje para um patamar mais moderno).

A partir dos anos 90, tudo começou a mudar. Liderado por Anselmo Mendes e Quinta do Ameal, produtor do primeiro monocasta Loureiro da região, a qualidade começou a mudar e novos investimentos entraram na região para permitir explorar as grandes possibilidades com as diversas castas nativas plantadas nela.

Hoje, do Minho, e do grande Vinho Verde, vem alguns dos mais complexos e incríveis vinhos brancos de Portugal: minerais, cítricos, frescos, com grande potencial de guarda… inigualáveis.

Recentemente a revista inglesa Decanter publicou uma lista dos seus “10 Melhores Produtores de Vinho Verde.”

Hoje 3 destes produtores fazem parte da curadoria do Sonoma Market.

Nossa escolha: 6 melhores vinícolas produtoras de Vinho Verde de Portugal

Adega de Monção

Ao começar pela Adega de Monção, nome já cada vez mais conhecido, localizado na sub-região Monção e Melgaço, onde a casta Loureiro atinge o seu ápice.

Um dos melhores cooperativos do norte de Portugal, fundada em 1950, os vinhos, principalmente à base de Alvarinho e Loureiro, são excelentes compras. 

Este vinho, o Adega de Monção Vinho Verde é um dos brancos de maior procura do ano. Quem provou pode atestar, facilmente supera muitos brancos de R$100- R$120… só que ele sai por bem menos.

Quinta do Ameal

Queridinho do crítico norte-americano Robert Parker e também dos nossos clientes, hoje faz parte do grupo Esporão. A qualidade dos seus vinhos só aumenta.

A produção é orgânica desde há quase uma década e a consultoria vem de Anselmo Mendes. A aquisição pela Herdade do Esporão só trouxe mais investimento e mais destaque na cena internacional. Vinhos minerais, limpos, clássicos e longevos.

Já provou o Vinho Verde Bico Amarelo? Virou sensação no Brasil. A nova garrafa do vinho é linda. O vinho é fresco e complexo e totalmente encantador.

O Quinta do Ameal Loureiro é para mim consistentemente entre os melhores vinhos brancos de Portugal na faixa. Um 100% Loureiro feito de uvas de vinhas velhas na melhor sub-região para a produção desta casta. Um vinho complexo, com muito frescor, feito para nosso verão. 

(Quer provar tanto Bico Amarelo quanto Ameal Loureiro no Kit Mista com valor descontado? Clique e confira o kit).

Agora, que tal uma iguaria como poucas? 

Não é barato, mas os melhores vinhos nunca são. O Quinta do Ameal Special Harvest é um vinho de sobremesa da safra 2012…. Já esgotado no Brasil, somente o Sonoma Market tem 12 garrafas dele hoje. Delicado, floral, cítrico, já supera muitos Sauternes que já provei… inclusive Sauternes Grand Cru!

Quinta da Covela

Talvez o mais versátil de todos os produtores de Vinho Verde, com excelentes tintos e brancos feitos de todas as castas principais do norte de Portugal.

Estes vinhos ganham complexidade na guarda e este Quinta da Covela Escolha, com 6 anos de guarda (e ainda uma criança) é a prova, o melhor vinho branco da propriedade na minha opinião, um vinho que vale R$300 mas custa basicamente a metade.

O Quinta da Covela Avesso é feito por uma das uvas mais maravilhosas da região, poucas vezes engarrafada como mono-casta, mas feito com maestria, com bom corpo médio e toques cremosos com fruta branca e cítrica, grande presença e evolução na boca.

Já o Quinta da Covela Alvarinho é o favorito dos nossos clientes, a uva está em alta e dá para entender porquê, com uma excelente mineralidade, boa acidez e influência perceptível do mar atlântico,  é um “must buy.” 

Os tintos da propriedade também são excelentes (ninguém pensa em tintos quando o assunto é vinho verde, mas estes vinhos são excelentes).

Outros produtores notáveis que valem a pena procurar?

Anselmo Mendes

Enólogo estrela da região. Os vinhos que levam o nome dele e nome da propriedade que controla, Quinta da Torre, são caros, mas estão entre as maiores expressões da região.

Aphros

Deliciosos vinhos, sou grande fã. Um dos pioneiros da produção biodinâmica na região. Rótulos chamativos, vinhos brancos super complexos, para decantar mesmo!

Vinhos do Norte

Vinhos de excelente relação custo x qualidade, as linhas Cruzeiro, Várzea e Tapada do Monges entregam excelente frescor e complexidade. Conheça aqui seus vinhos verdes.

Quer saber mais sobre este estilo de vinho? Confira a matéria completa da jornalista Suzana Barelli!

Abraço grande

Alykhan Karim

CEO – Sonoma Market

 

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Jantar e Degustação com Tomás Roquette da Quinta do Crasto

11/20/2022

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Na 2a feira da semana passada tive o prazer de jantar com Tomas Roquette, o produtor e visionário por atrás da Quinta do Crasto.

Crasto bem poderia ser o maior sucesso do Douro da atualidade. 

Numa região repleta de propriedades históricas, com séculos de tradição vitivinícola, principalmente na produção de Porto, Crasto fugiu da tradição. Há mais de 20 anos, ganha destaque mundial não pela sua produção de vinhos fortificados (apesar de serem excelentes), mas pelos seus tintos e brancos. 

Aly CEO do Sonoma e Tomas Roquette da Crasto.

Alylhan Karin, CEO do Sonoma Market, e Tomás Roquette, da Quinta do Crasto.

Hoje os vinhos da Quinta do Crasto estão destacados na Semana Black, todos em valores promocionais, os melhores do mercado brasileiro.

Maria Teresa e Vinha da Ponte muitas vezes são considerados os melhores tintos de Portugal da safra pela crítica internacional. Hoje são vinhos grife, estão entre os mais cobiçados do país, parte de uma lista reservada para poucos: Barca Velha, Pêra Manca. 

Não só pelos vinhos e sim também pela propriedade, com suas lindas vistas do Rio Douro e a famosa piscina de borda infinita, a Crasto tem virado uma atração turística. Hoje a lista de espera para uma visita é de 6-9 meses, talvez ainda mais agora que Crasto foi rankeado nos Top 50 Vinícolas do Mundo (este ano entrou no #8).

Tomás estava em São Paulo para passar poucos dias e decidiu fazer um pequeno jantar para destacar alguns dos novos achados e grandes favoritos do Crasto. Foi uma excelente oportunidade de provar boa parte do portfólio. 

Flor de Crasto não estava presente, nem o branco nem o tinto, mas estes vinhos são sensações no Brasil, oferecem uma qualidade fantástica pelo valor. Gosto bastante dos vinhos da nova safra, tanto o tinto quanto o branco, destacados hoje ao melhor valor do mercado.

Da linha Crasto Douro começamos pelo rosé, vinho que não tinha provado há tempo. Floral, refrescante, nada doce (às vezes os rosés do Douro são), com bom corpo, foi uma bela harmonização para os petiscos de entrada, pastel de camarão, bolinhos de arroz. 

Vinho Quinta do Crasto Rose

O vinho Quinta do Crasto Douro Rosé.

O branco da mesma linha ofereceu um frescor bastante legal, a untuosidade do Douro presente porém uma boa acidez que ficou ideal para harmonizar. 

O tinto veio só depois. Superou em todos os sentidos, da safra histórica de 2019, o vinho é um “precisa comprar” para a sua adega. 

A linha toda tende a sair por de R$150 no Brasil, o que é justo. Na nossa semana Black, muito menos.

A salada de chêvre com salmão ficou deliciosa, mas a verdade é que o próximo vinho branco, da linha Superior entregou tanto caráter, que precisava de uma harmonização mais elaborada. Acho que o Crasto Superior Branco é o melhor brancos do Douro na faixa, na nova safra entrega frescor, ervas que nem sálvia e manjericão e raspas de limão, depois uma textura mais amanteigada e bom corpo. 

Vinho Quinta do Crasto Superiore Branco

O Quinta do Crasto Superior Branco.

Já o tinto da mesma linha, nem precisa de apresentação. Tende de ser oferecido por R$220- R$230 no Brasil, ao valor R$189 (hoje) será difícil encontrar um tinto do Douro com tanto refinamento x opulência. Aproveite que as últimas unidades da safra histórica de 2018 estão conosco.

Aliás, foram duas safras históricas, na última década no Douro. Tanto a 2018 quanto a 2019 foram excelentes, com caráter muito diferente, a 2018 permitindo opulência e a 2019 mais para a elegância e finesse.

O próximo tinto servido impressionou justamente por este finesse. Na minha opinião este vinho de 2019 é o melhor Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas até agora, tanto que comprei uma Caixa por minha própria adega. Nem perto de pronto (recomendo muito decantar), entregou aos poucos uma linda experiência sensorial, camadas de fruta preta, especiarias, linda acidez … .ninguém queria terminar a taça, bebericando aos poucos esperando evoluir. Com o carré de cordeiro servido do restaurante o tinto foi perfeito. 

Os 95 Pontos recebidos pelo Robert Parker foram merecidos (também geraram uma procura enorme, o vinho desta safra vai esgotar logo). 

O último tinto foi um dos grandes ícones, o Crasto Touriga Nacional. 

Que prazer voltar a este vinho. Apesar dos seus 6 anos (abrimos a safra 2016), este vinho se mostrou reticente ao inicio, fechado, só depois de uma hora no decanter que começou a revelar toda sua intensidade aromática, palato repleto de amoras e mirtilos suculentos, taninos vigoroso, músculo e ao mesmo tempo harmonia. 

A noite fechou com um dos lindos Portos da propriedade, mas eu tive que sair e perdi a oportunidade. Deixar a para a próxima. Os tintos e brancos da propriedade (rosé também), foram as verdadeiras estrelas, espero muito que possa conhece-los!

Abraço grande

Alykhan Karim

CEO – Sonoma Market

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Fazenda Irarema berço do azeite brasileiro que ganhou o mundo

10/31/2022

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Há quase dois séculos produzindo café, a Fazenda Irarema iniciou o cultivo de azeite apenas em 2014. Através de um trabalho dedicado de família, a nova produção não somente teve um início brilhante como também entrou para a história como o primeiro azeite brasileiro internacionalmente premiado!

A Fazenda Irarema está localizada em uma região privilegiada, conhecida como Planalto de Poço de Caldas, na exata divisa entre São Sebastião da Grama, São Paulo e Poço de Caldas, Minas Gerais.

Adquirida em 1865, a terra foi preparada e dedicada ao cultivo de café, muito em alta na época. Eventualmente foi comprada pela família Carvalho Dias, que produziam café de boa qualidade mas que sofria com condições climáticas adversas do local. Em 2004 venderam a propriedade a uma companhia estrangeira, interessada no charme requintado do local.

Dez anos depois, com o encerramento das atividades da companhia, Maurício e Mônica Carvalho Dias tiveram oportunidade de reaver a fazenda. Agarrando a chance, trouxeram uma proposta nova para o local: substituir o café, de produção baixa e mais instável, por oliveiras, em teoria mais compatíveis com o terroir do local.

Com a plantação iniciada, o casal procurou ajuda dos filhos para auxiliar no projeto, sobretudo de Moacir Carvalho Dias, especialista no cultivo e fabricação de azeite, tendo estudado em instituições da Espanha e Portugal. A ideia era implantar um cultivo sustentável e orgânico, aproveitando todos os aspectos da produção.

Em 2015 foi iniciada a construção da pequena fábrica, com equipamentos importados próprios para a produção de azeite com base em qualidade, mas com capacidade suficiente para atender mais do que a demanda da própria fazenda.

Um movimento ousado, mas assertivo: com os resultados da produção, vizinhos cafeicultores seguiram o exemplo de mudar sua produção para a oliva. Em pouco tempo já estavam recebendo azeitonas de 12 diferentes produtores da região, assim como de sua própria produção.

Em 2018, com uma produção pequena mas bem estabelecida, Moacir enviou uma amostra de seu azeite para o Concurso Internacional de Azeite de Oliva de Nova York (New York IOOC International Olive Oil Competition). Para sua surpresa seu azeite, concorrendo na categoria de azeite suave, levou medalha de ouro. Desde então, a Fazenda Irarema vem colecionando prêmios nos últimos anos graças ao trabalho dedicado da família e à qualidade plena de seu azeite.

por do sol irarema

Pôr do sol nas oliveiras.

Um negócio de família

A Fazenda atualmente é administrada pela família Carvalho Dias. Maurício, o pai, cuida das oliveiras e dos outros cultivos como um todo. Como seus avós e tataravós trabalhavam no ramo do café, ele ainda mantém uma pequena produção daqueles que considera especiais. 

Mônica, sua esposa, administra a loja de cosméticos e sais de banho 100% naturais, elaborados com os subprodutos da fábrica de azeite e excedentes de produção da fazenda.

Enquanto Moacir supervisiona a produção do azeite dos produtos a partir das oliveiras, sua irmã Gabriela gerencia o restaurante e a cafeteria do local, sendo responsável pelo direcionamento gastronômico dos produtos.

A sustentabilidade é um valor compartilhado pela família e aplicado na prática, com 100% da produção das oliveiras sendo aproveitado, bem como as outras culturas presentes no local. O azeite da Fazenda Irarema também é o primeiro azeite do Brasil a ser produzido com energia solar.

 

Da esquerda para a direita: Moacir e seu pai Maurício.

O terroir e o cuidado 

Apenas o cuidado com a planta e tecnologia de produção não são suficientes para um azeite de boa qualidade. Assim como o vinho, é necessário um ótimo terroir para o crescimento das oliveiras.

Moacir, após ter estudado a azeitologia, soube identificar este terroir no Planalto de Poço de Caldas. Com um clima seco na maior parte do ano, com incidência de geadas e uma amplitude térmica grande, a oliveira se desenvolveu muito bem onde o café não se adaptava de forma plena.

Identificando também a região como um solo vulcânico, procurou espécies específicas para este aproveitamento, desenvolvendo seu próprio blend de azeites, com seu azeite suave sendo frequentemente premiado, atualmente medalhista de ouro no EVO IOOC 2022 (Concurso internacional de Azeite de Oliva da Itália)

 

Conheça a linha deste maravilhoso azeite premiado!

Fazenda Irarema Azeite de Oliva Extra Virgem Suave (250ml)

O carro chefe da fazenda! Este é o premiado blend suave elaborado com azeitonas Arbequina e Grappolo recém colhidas para preservar o frescor e sabor. Atual ganhador da medalha de ouro no  EVO IOOC 2022 (Concurso internacional de Azeite de Oliva da Itália), traz aromas herbáceos, fruta verde, leve amargor e picância em boca, com uma acidez de apenas 0,02%.

Fazenda Irarema Azeite de Oliva Extra Virgem Intenso (250ml)

A versão mais robusta do blend da fazenda, este é composto de Coratina, Grappolo e Picual. Seguindo o mesmo processo de criação preservando as características principais do azeite, traz aromas mais pungentes de erva e grama cortada, com picância e amargor mais acentuados e persistentes. Medalhista de Ouro na NEW YORK IOOC 2022 (Concurso Internacional de Azeite de Oliva de Nova Iorque)

Fazenda Irarema Azeite de Oliva Extra Virgem com Limão Siciliano (250ml)

Outro produto icônico, um azeite extra virgem infusionado com essência de limão siciliano também cultivado na fazenda. A infusão é feita com óleo essencial destilado, preservando a suavidade do azeite mas conferindo o aroma e sabor do limão. Uma combinação perfeita com peixes, saladas e na receita original da fazenda: sorvete de creme com um toque deste azeite.

Fazenda Irarema Azeite de Oliva Extra Virgem com Manjericão (250ml)

Da série de infusões em azeite de oliva, esta traz um verdadeiro toque italiano. Harmonizando a suavidade pura do azeite com a essência natural do manjericão, nasce uma combinação ideal para pizzas, bruschettas ou mesmo para acompanhar o antepasto.

Fazenda Irarema Azeite de Oliva Extra Virgem com Alecrim (250ml)

Puro azeite de oliva extra virgem infusionado com óleo essencial de alecrim. Como a extração é feita com a erva fresca, é utilizado em poucas quantidades para permitir um equilíbrio e intensidade de sabor. Ideal para temperar pratos diversos, possui aroma vibrante e sabor intenso.

Fazenda Irarema Condimento de Azeite de Oliva Extra Virgem com Alho (250ml)

Condimento natural elaborado com ingredientes cultivados no local. Prezando sempre pelo equilíbrio, este condimento é ideal para preparos com ambos os ingredientes. Trazendo um delicioso aroma composto, é perfeito para preparar um delicioso macarrão ao alho e azeite.

Fazenda Irarema Condimento de Azeite de Oliva Extra Virgem Defumado (250ml)

Elaborado com técnicas de defumação próprias para azeite, este é o condimento perfeito para preparar carnes e vegetais grelhados, dar um toque defumado em uma feijoada ou mesmo o seu blend de hambúrguer caseiro favorito.

Fazenda Serras Altas Azeite de Abacate Extra Virgem

Cultivado na Fazenda Serras Altas e produzido na Fazenda Irarema, o azeite de abacate é feito de 100% de avocado hass, preservando todos os nutrientes e benefícios do alimento, em um delicioso e suave azeite. Também é indicado para preparar alimentos, pois tem um ponto de queima mais alto que o do azeite de oliva, conservando o sabor e aroma do azeite mesmo em temperaturas mais altas. Disponível em 250 e 500ml.

Fazenda Irarema Serras Altas Condimento de Azeite de Avocado Extra Virgem com Limão Siciliano (250ml)

Parceria da Fazenda Irarema com a Fazenda Serras Altas, este é o nutritivo azeite de avocado extra virgem 100% natural com essência de limão siciliano, resultando em um condimento suave e aromático, combinação perfeita para saladas e carnes brancas.

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91 Pts. Châteauneuf de vinhas de 1932!

9/26/2022

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O Domaine Albin Jacumin possui um legado que ultrapassa 120 anos em Châteauneuf-du-Pape.

Temos o prazer de trabalhar com Agnês e Albin, casal à frente da propriedade,  já há 5 anos.

Desde uma visita fortuita na propriedade do casal em Châteauneuf-du-Pape, entraram como alguns dos produtores artesanais favoritos da curadoria Sonoma Market… 

Apesar de possuírem uma das caves mais modernas da região, a produção é pequena (média de 12.000 garrafas por ano), devido ao baixo rendimento e alta qualidade das vinhas, a maioria entre 50 e 90 anos de idade.

O resultado não poderia ser diferente, safra após safra, os vinhos da Domaine Albin Jacumin são altamente aclamados pela crítica internacional (e por nossos clientes também)!

2019 foi uma das grandes safras de Châteauneuf e seu vinho  mais importante da casa, La Begude des Papes, brilhou. A safra se assemelha à de 2016, e ao mesmo tempo é menos opulenta e mais estruturada do que a de 2018. Excelente para longa guarda, mas já entregando. 

Hoje destacamos o Albin Jacumin La Bégude Des Papes Châteauneuf-du-pape Rouge 2019, o rótulo mais importante da propriedade…

Este blend de Grenache, Mourvèdre, Syrah e Cinsault, entrega um bouquet perfumado aos sentidos! É elegante e ao mesmo tempo estruturado, traz notas de frutas azuis, cerejas e poderosas nuances de especiarias, que se integram com taninos equilibrados e uma acidez vibrante, que denota sua longa capacidade de envelhecimento (10 a 15 anos).

Arrancou 91 Pontos da Vinous, 91 Pontos de Robert Parker e 91 Pontos de Jeb Dunnuck.

Conseguimos um lote minúsculo de apenas 150 garrafas deste precioso “Rouge”, que estão a caminho do Brasil.

Hoje, através da nossa venda antecipada, vamos oferecer metade deste lote, ou seja, apenas 75 garrafas, por um valor especialíssimo!

Adicione à sua adega o Albin Jacumin La Bégude Des Papes Châteauneuf-du-pape Rouge 2019, por apenas R$269,91 por unidade na caixa com 6 ou R$299,90  por garrafa unitária.

 Imperdível!

Um abraço,

Equipe Sonoma Market

*A venda antecipada do Sonoma permite trazer vinhos raros em pequenas quantidades e oferecê-los a valores extremamente atraentes. Não é possível garantir uma data de entrega. Estimamos que a entrega aconteça no fim da Primavera/2022

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Ética e estética o novo Chile por Garage Wine Co.

9/9/2022

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Se Borgonha e Barolo são referências no conceito de terroir do Velho Mundo, do outro lado da Cordilheira dos Andes o Chile é protagonista do Novo Mundo.

De modo geral, podemos atribuir três fatores à reputação, cada vez mais reconhecido mundialmente, do vinho chileno. 

O primeiro diz respeito à indústria, que por meio de gigantes como Concha y Toro, Santa Rita e VSPT, oferece um inimaginável menu de opções para diferentes gostos e bolsos.

O segundo fator trata da excepcional qualidade de ícones como VIK, Almaviva, Seña, Chadwick e Clos Apalta, que refletem a expertise de seus produtores, especialmente quanto ao terroir e aos clássicos cortes de inspiração bordalesa.

O terceiro, e último, combina ética e estética, essência e evolução. Hoje, certamente o fator mais instigante da viticultura chilena.

Um cenário conhecido como Secano Interior – berço da viticultura chilena, onde estão localizados o Valle del Maule e Itata – e onde destacam-se vignerons como o MOVI – Movimiento de Viñateros Independientes, o VIGNO – Vignadores de Carignan, e outros produtores independentes e exploradores de antigas técnicas tradicionais, além dos reconhecidos mestres Pedro Parra e Renan Cancino.

Nesta nova constelação, o brilho de uma estrela chama a atenção, o produtor de destaque desta matéria: o fascinante Garage Wine Co.

Um dos produtores favoritos do renomado crítico Luis Gutiérrez, da Wine Advocate, a Garage Wines faz vinhos de produção limitadíssima. Lideraram o topo do ranking de 2021 de Robert Parker, com pontuações altíssimas – 95, 96… 99 Pontos! – e também marcou presença no “Top 100 Wines 2021”, de James Suckling, com 5 vinhos diferentes que entraram.

E que, orgulhosamente, fazem parte da nossa curadoria e do portfólio Sonoma Market.

Uma história que começou literalmente na garagem de Pilar Miranda e Derek Mossman, em 2001. Uma inovação para aquele momento, com poucas garrafas sempre para um mercado informal de amigos e familiares. Em 2006, começou a exportar para a Dinamarca (terra natal de Mossman) e Reino Unido. 

A matéria-prima?

Carignan, Garnacha, Monastrell, País, Cinsault e Cabernet Franc de vinhas velhas, algumas pré-filoxera, que vem de distintos lotes de 1-2 hectares no Secano Interior, como Bagual, Caliboro, Coelemu, Guarilihue, Loncomilla, Portezuelo, Puico, Ranquil, Sauzal e Truquilemu.

Um lugar onde a agricultura é um modo de vida desde os anos 1500 e que desde então já não se limitava apenas a vinhedos, mas também ao trigo e outros produtos locais. Ali, pequenas propriedades reviravam a terra em busca de nutrientes e da escassa água da chuva sazonal.

Muito longe da zona de conforto do mainstream, a agricultura regenerativa praticada pela vinícola passa distante da busca por selos e certificações. 

Além de educar-se da terra e dos antepassados, nesses pouco mais de vinte anos a Garage Wine Co. aprendeu no dia-a-dia a fazer escolhas mais inteligentes, como a utilização de garrafas recicladas produzidas por uma pequena empresa local, gerando valor para a comunidade.

Pintar com serigrafia as garrafas foi outro aprendizado, já que a indústria estava voltada a longas tiragens de etiquetas e rótulos. Há 11 anos, Luís, o pintor de garrafas, pinta cada uma delas com uma máquina personalizada e construída pela própria vinícola.

O mesmo se deu com as cápsulas para fechamento. A solução foi encontrar uma empresa de material escolar que faria a cera para lacres a partir de giz de cera.

Os tanques de fermentação também provocaram outra alternativa. Com poucos recursos para comprar novos tanques, foram utilizadas sobras e um grande fabricante de inox para a confecção de lagares (tanques abertos). Essa escolha reciclável ainda criou oportunidades para as oficinas locais de soldagem.

Hoje, é Pilar Miranda quem está à frente de todo o trabalho. Uma nova liderança, embora o negócio do vinho ainda seja excessivamente conservador e patriarcal.

Citada constantemente pelos críticos mais relevantes do mundo e ocupando as prateleiras dos mercados mais exigentes, a Garage Wine Co. é um destacado expoente deste novo capítulo da viticultura chilena. Incrível!

Um momento que vem se consolidado a partir de um mergulho profundo no passado para construir com ética, inovação e sustentabilidade, novas pontes para o futuro.

“A realidade tende a desaparecer”, disse o anti-poeta chileno Nicanor Parra, citado em recente ensaio do crítico Joaquín Hidaldo, da Vinous, sobre os novos horizontes da viticultura no Chile.

Palavras que resumem o mundo em que vivemos e nos provocam a descobrir o que está surgindo.

Vem conhecer!

Garage Wine Co. Cru Truquilemu 2018

99 Pontos – Robert Parker – Após 20 colheitas chega o seu primeiro Cru, o Cru Truquilemu 2018, que descrevem como “Truqui com mais recheio”. Provém de uma pequena secção triangular com um rendimento natural inferior, com maior concentração e uma personalidade mais escura e taciturna. Foi fermentado com mais hastes que o outro Truquilemu e com um pouco de Syrah, o que agrega peso, profundidade e textura. Foi produzido de forma muito simples e lenta, fermentando em lagares abertos com alguns cachos cheios e acrescentando caules lignificados para evitar a maceração carbónica, com leveduras indígenas; a maloláctica levou 11 meses e o envelhecimento em barricas usadas e neutras foi prolongado por dois invernos. Para a safra de 2018, apenas 3.449 garrafas.

GARAGE WINE CO. CRU TRUQUILEMU 2018

Garage Wine Co. Vigno Carignan Field-Blend 2018

99 Pontos – Robert Parker – Existem três vinhos Carignan/Cariñena do mesmo vinhedo em Truquilemu em 2018, e o Vigno 2018 vem de uma seção mais abaixo ao longo do riacho, onde há uma ótima drenagem e, portanto, baixo rendimento e concentração. É Carignan com pedacinhos de País e Monastrell na composição de campo. Fermentou em cubas abertas com leveduras indígenas e estagiou em barricas usadas durante dois invernos. Somente 3.336 garrafas.

GARAGE WINE CO. VIGNO CARIGNAN FIELD BLEND 2018

Garage Wine Co. País 215 BC Ferment 2021

Denominados de Single Ferment Series, a linha de vinhos da Garage Wine Co. é elaborada com frutos de uma ou mais parcelas de vinhedos. No caso do País 215 BC Ferment 2021, as uvas vieram de quatro propriedades perto de Sauzal, Puico Bajo, Alto e Truquilemu, no Chile. 

GARAGE WINE CO. PAIS 215 BC FERMENT 2021

Garage Wine Co. Cinsault The Soothsayer Ferment 2020

No caso do Cinsault The Soothsayer Ferment 2020, as uvas vieram de duas fazendas em Guarilihue e uma em Ranquil, na região central do Chile. 

91+ Pontos – Robert Parker – Uma combinação de rusticidade terrosa e caráter floral e perfumado no Cinsault, foi produzido com frutas de Guarilihue.

garafe wine

Garage Wine Co. Old Vine Pale Lot #103 2020

94 Pontos – Descorchados – Mais do que um rosé, remete ao clarete espanhol, aqueles com sabores mediterrânicos maduros, com cores intensas, mas que se bebem como água. De um vinhedo muito antigo – cerca de 75 anos – na zona costeira de Maule, em Truquilemu, de onde vêm algumas das melhores Carignan do Chile.

old vine

Garage Wine Co. Renacido Vineyard Lot #104 2019

94 Pontos – Descorchados – Normalmente, tende-se a identificar os cabernets das terras secas do Maule por sua acidez e taninos fortes, mas este escapa a esse molde. De acordo com Derek Mossman, a diferença se deve ao fato de as macerações terem sido reduzidas ao longo dos anos, de forma a ter uma maior “sensibilidade” com a uva. Há uma certa elegância neste Cabernet, notas suculentas de frutas maduras e taninos afiados. Notas terrosas por toda parte, algo herbal no meio. Um verdadeiro exemplo de estilo. Um camponês muito formalmente vestido.

GARAGE WINE CO. RENACIDO VINEYARD LOT 104 2019

Garage Wine Co. Bagual Vineyard Lot #96 2018

95 Pontos – Robert Parker – O Bagual Vineyard Cariñena Garnacha Monastrell 2018 marcado com o lote #96 vem do mesmo vinhedo que o Garnacha puro – apenas 1,1 hectares de vinhas velhas com um blend de campo das três variedades. Terroso e muito marcado pelo caráter Cariñena, com boa maturação e frescor. A maloláctica costuma levar cerca de sete meses, e o élevage se estende por dois invernos em barris de terceiro uso ou mais velhos, bem temperados e neutros. Isso me lembra um elegante Priorato. 

garage

Garage Wine Co. Las Higueras Lot #102 2018

94 Pontos – Descorchados  – Las Higueras 2018 representa uma mudança importante no estilo deste vinho que Garage, elaborado desde 2013, neste vinhedo com mais de cem anos, plantado em solos aluviais no Maule. Comparado com suas versões anteriores, este Cabernet Franc é muito mais fresco e frutado, com corpo menos concentrado, mas com frutas muito mais refrescantes, vermelhas e vibrantes. Se antes era mais perto de um Bordeaux, agora olha mais para o Loire. 

wine garage

Garage Wine Co. Sauzal Vineyard Lot #95 2018

96 Pontos – Robert Parker – O Sauzal Vineyard está agora na D.O. Empedrado, e provei duas das safras, começando com o Sauzal Vineyard 2018, um blend de campo de Cariñena, Garnacha e Monastrell do produtor Nivaldo Morales, que Derek Mossman descreveu como “um universo de perfume, terra e especiarias.” Sobre o lote, as vinhas velhas do mato que foram trabalhadas a cavalo e seguindo os ciclos da lua de forma ancestral. Mossman explicou ainda que “nas últimas 10 colheitas em Sauzal, o vinho mudou a sua composição varietal. Primeiro era todo Cariñena, depois enxertamos Garnacha e Monastrell e alguns anos depois mais Garnacha até que na safra de 2018 o vinho é composto por partes iguais de Garnacha e Cariñena com 6% de Monastrell.” Tem um paladar vivo e de corpo médio com taninos granulados (pense em granito!) e acidez brilhante. 

wine

Garage Wine Co Truquilemu Vineyard Lot#97 2018

95 Pontos – Descorchados – O lote 97 é basicamente um Cariñena com um barril de Monastrell, todos provenientes de vinhas plantadas na área de Truquilemu, no Empedrado D.O., próximo à costa do Maule. A influência fria do mar tem uma grande presença aqui, marcando ainda mais sua acidez já firme, mas acima de tudo, acentuando o lado refrescante dos sabores frutados. “Como será este vinho daqui a 10 anos?” Possui taninos, acidez e sabores frutados de sobra para uma resposta positiva.

TRUQUILEMU

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