O maior e mais histórico branco da região em volta de Piemonte é o Gavi di Gavi.
Apesar do nome, a uva não se chama Gavi, coisa que confunde!
A Cortese é a protagonista, cepa pouco encontrada fora do Langhe e das encostas dos Alpes italianos.
Apesar do sucesso recente da Chardonnay no Langhe (já provou o Chardonnay da La Biòca? Vinhaço!), as cepas brancas nativas da região estão dando o que falar.
Eu acho eles excelentes: a Cyrogrillo oferece citrus e salinidade, a Roero Arneis um certo mentol, frescor e doçura natural e a Timorasso, a pouco encontrada e rara uva base do “Barolo Bianco” da Borgogno? Bom, isso é assunto para outro email, tamanha complexidade…
Mas a Cortese, na sua versão mais elaborada, o Gavi del Comune di Gavi (ou Gavi di Gavi) é meu favorito de todos.
Vinho no estilo alpino, com grande frescor e sutileza, esses vinhos são lindos quando feitos por produtores adeptos.
Quem melhor que a Palladino?
Palladino é um dos peso-pesados da região de Barolo.
A norte-americana Forbes, que cada vez mais vem ganhando força no mundo do vinho, colocou este pequeno produtor da Serralunga nos seus Top 20 Produtores de Barolo, junto com mitos como Giacomo Conterno e Damilano.
Visitei o produtor num belo dia em outubro no ano passado.
Na sua biblioteca de Barolos antigos, fizemos uma degustação de lindos Barberas e Barolos (muitos disponíveis hoje na nossa curadoria, clicando aqui).
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Mas antes entrar nos vinhos tintos, queria provar a qualidade do seu Gavi di Gavi. Ao meu pedido, abriram uma garrafa.
Sabe o frescor de um vinho alpino?
(Se já provou algum vinho da Abbazia di Novacella, ou algum outro da região de Südtirol/ Alto Adige, você sabe).
Quase branco em taça, cristalino, com tracinhos esverdeados visíveis abaixo do luz, imaginei os rios puros que descem das montanhas próximo ao local onde este vinho é elaborado.
Após um tempo na taça, senti flores brancas que nem jasmim, também frutas brancas frescas, traços de especiarias doces, mas bem de leve.
Em boca, entra limpinho, com acidez boa mas nada abundante. A pureza é o destaque, parece estar bebendo agua dos alpes em forma de vinho, tamanha a sutileza e nuance. Nada de fruta marcante, este é um verdadeiro vinho de clima frio, delicado, ora com toques florais, ora com toques salinos.
Para tomar a tarde toda, com boa conversa, indo de petiscos para jantar, sem perceber que a primeira garrafa já foi, que já está na segunda, na terceira…
Assim que é um bom Gavi di Gavi, assim que é o Palladino Gavi del Comune di Gavi 2020.
Prove este vinho.
Hoje sai na promoção, DE R$240 por apenas R$139,90 na Caixa ou R$159,90 na garrafa unitária.
Para um Gavi di Gavi, a oferta é estupenda.
Aproveite da oportunidade para provar um branco histórico, um dos vinhos “precisa conhecer” do norte da Itália.
Abraços,
Alykhan Karim
CEO Sonoma Market
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O Vinho do Porto é um vinho fortificado, proveniente do Vale do Rio Douro, no noroeste de Portugal. Foi criado no século XVIII pelos britânicos (quando começaram a importar grandes quantidades de vinho português), que experimentaram adicionar aguardente vínica na sua composição, fortificando-os no intuito de estabilizá-los durante suas longas viagens marítimas. Perceberam então, que a adição de álcool não só conservava o vinho por mais tempo, como também realçava o seu sabor, e acabaram criando, sem querer, a fórmula do tão famoso vinho do Porto. Hoje, é geralmente mais apreciado como vinho de sobremesa devido à sua riqueza, complexidade e dulçor. Combina maravilhosamente com queijos de sabor intenso (incluindo queijo azul e queijos de casca lavada), sobremesas de chocolate e caramelo, nozes salgadas e defumadas e até carnes doces e defumadas. Por que não com um belo churrasco? Parece delicioso? E é! O preço do vinho do Porto costuma variar entre R$70,00 a até mais de 20 mil reais, dependendo do estilo e da idade. Quando selecionados a dedo, podem entregar uma incrível relação valor x qualidade… Porto Tawny X Ruby: qual escolher?O Porto Ruby é engarrafado com pouco tempo de amadurecimento em carvalho, sendo envelhecido em garrafa. O Porto Tawny é feito com as mesmas uvas do Ruby, e com a mesma técnica. A diferença entre eles é que o tipo Tawny é envelhecido em tonéis por vários anos antes de ser engarrafado e, portanto, é mais evoluído e de coloração mais clara. Veja alguns dos nossos destaques favoritos abaixo dos R$200. Vieira Campos Porto RubyEste Porto Ruby, traz em seu rótulo o desenho de lindos azulejos, que são uma das características mais marcantes da cultura e arte portuguesa. Traz sabores deliciosos de bolo de chocolate cremoso, com notas de suculentas frutas vermelhas, equilibradas com um toque cítrico de casca de laranja cristalizada! É uma festa engarrafada! Barriquinha do Porto TawnyO Barriquinha é um blend de Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinto Cão, Tinta Roriz e Tinta Amarela que passa por pipas de carvalho por um período de dois a cinco anos, garantindo a identidade única do Towny. É um vinho complexo e elegante, que seduz com deliciosos aromas de própolis, nuances de mel de flor de laranjeira, figo, uva passa e um frescor de mentol. É leve e expressa um belíssimo dulçor de frutas secas, com um delicado toque de mel e açúcar demerara. Delicioso! Porto Menéres Fine TawnyElaborado por uma das mais tradicionais e admiradas famílias do Porto,a Van Zeller, este Tawny é um charme com sua garrafa sem rótulo; as letras vêm impressas com tinta branca diretamente na garrafa marrom. Expressa instigantes aromas de chocolate ao leite, doce de ameixa e um fresco toque de eucalipto. No paladar conquista pela deliciosa cremosidade, que remete a uma torta de chocolate coberta com nozes. Hmm! Taylor’s Porto Fine RubyCom seus 328 anos de idade, a Taylor’s, uma das vinícolas fundadoras do Vinho do Porto, nos presenteia com sua expertise e com este surpreendente Fine Ruby. Tem aroma de ameixa em calda e nuances florais. É musculoso, saboroso, e tem taninos que, junto com a acidez, formam um vinho intenso e encorpado. O príncipe dos vinhos do Porto! Taylor’s Porto Fine TawnyCom 36 meses de envelhecimento em carvalho, o Fine Tawny da Taylor’s é um vinho que tem cor de bronze, entre o rosa e o âmbar. Oferece aromas intensos de canela, tâmara e marzipã. O sabor é pleno, demora a acabar no palato, enche a boca d’água, e seus taninos são aveludados. Seria o rei? Porto Statement RubyElaborado pela família Van Zeller, o Statement Ruby expressa sedutores aromas de passas, ameixas, licor de cereja e lembranças de bolo de chocolate com morango e chantilly! Em boca combina fruta, frescor e uma intrigante densidade, delicioso! Porto Statement TawnyAgora o Tawny, tem um perfil mais aromático e expressivo, entrega ao olfato aromas de frutas secas e cristalizadas, nozes, figo e um toque de mel. Em boca é sutilmente untuoso e remete à bastante doçura, com melado e açúcar mascavo e um leve final de mocha. Um vinho marcante! Quinta das Tecedeiras Porto TawnyAclamado com 92 Pontos pela Revista Adega, o Quinta das Tecedeiras Porto Tawny, vem de um blend de uvas de vinhas velhas, algumas com mais de 50 anos. Traz uma incrível complexidade aromática ao aportar notas de caramelo, frutos secos, nozes e amêndoas. Ao palato, é macio e cheio de frescor, o que confere ao vinho uma elegância especial e um final persistente e marcante, com toques de mel e nozes. The post Top 8 Portos abaixo dos R$200 first appeared on Blog Sonoma. via Blog Sonoma https://ift.tt/sHU3qkx A família Riccitelli fez história na vitivinicultura argentina. Tudo começou com Jorge Riccitelli, enólogo habilidoso, quiçá genial, que há décadas está no comando da Bodega Norton, seguido de seu filho, Matias Riccitelli, ao comando da bodega que recebe seu nome desde 2009.Matias Riccitelli nasceu em Cafayate, Salta, uma pequena vila ao norte da Argentina, uma região onde a vinificação é tudo – não apenas um ofício, mas sim um modo de vida onipresente. Uma estrela em ascensão desde a juventude, Matias cresceu entre Cafayate e Mendoza, onde ele estudou técnicas de vinificação com seu pai e mentor, o legendário enólogo Jorge Riccitelli, e aprendeu tudo o que precisava para desenvolver o trabalho. Um enólogo de alma inquieta, Matias ainda viajou ao redor do mundo trabalhando em diferentes vinícolas, participando sempre de todas as etapas de vinificação, para que pudesse aprender todos os detalhes que diferenciam um simples vinho de um grande vinho. Com a sua história de vida somada aos conselhos que recebeu de seu pai, Matias fundou a vinícola boutique que carrega seu nome, no terroir de Las Compuertas, em 2009, e de lá pra cá se tornou um dos enólogos mais prestigiados do país, tendo sido eleito como Enólogo do Ano em 2021 pelo Guia Descorchados. Uma paixão de famíliaComo mencionado acima, Jorge Riccitelli, pai de Matias, é um dos maiores enólogos argentinos de todos os tempos. Responsável por assinar os vinhos da renomada Bodega Norton, que ocupa o quarto lugar em volume de consumo no país, segundo dados de Karen Gutiérrez, gerente de marketing da Distribuidora Isleña, Jorge foi o primeiro enólogo sul americano a receber o prêmio de Enólogo do Ano, em 2012, pela Wine Enthusiast. ![]() A vinícolaA vinícola fica no terroir de Las Compuertas, a 1.100 metros acima do nível do mar. Esta é a zona mais alta de Luján de Cuyo, onde a vinícola Riccitelli tem cerca de 20 hectares de vinhas não enxertadas. Eles também trabalham com pequenos produtores locais que possuem vinhedos ao fundo dos andes, em alturas que variam entre 1.000 e 1.700 metros acima do nível do mar, como Gualtallary, Chacayes, Altamira, La Carrera e também possuem um vinhedo com vinhas que tem, em média, 60 anos, no Vale do Uco, na Patagônia Argentina. A seleção de uvas e colheita é feita de forma manual, buscando manter a maior integridade possível de cada cacho de uvas. A maceração e primeira fermentação geralmente acontece em cubas de concreto. Os vinhos mais complexos da casa estagiam parte em tanques de concreto em formato oval, uma técnica que preserva a qualidade da fruta, acidez e frescor do vinho, e parte em barris de carvalho que não são de primeiro uso. “Vinificação não é para covardes”, diz Matias Riccitelli, e conhecendo melhor o trabalho da vinícola é fácil entender o porquê. A vinícola trabalha para que suas vinhas possam garantir a melhor expressão de cada um dos terroirs de seus vinhedos, mantendo a máxima pureza e delicadeza na vinificação e envelhecimento, cuidando da singularidade de cada casta para obter vinhos brilhantes. A grande diversidade de solos altamente influenciada pela altura, mostra o grande potencial da Argentina na vinificação e é exatamente disso que eles se orgulham de conseguir expressar em seus vinhos. Conheça suas encantadoras criações! Matias Riccitelli Hey! Malbec 2020Os vinhos da linha “Hey!” são a porta de entrada para as grandes criações de Riccitelli. Este Malbec foi elaborado com uvas do Valle de Uco (50%) e também de Luján de Cuyo, de parreiras plantadas entre os 950 e 1.400 metros de altitude. Um tinto que exala aromas de frutas silvestres, geléia de ameixa, flores violeta e especiarias. A explosão de sabores frutados do paladar é acompanhada de taninos macios e redondos, acidez mineral, além de final intenso e prolongado. Matias Riccitelli Hey! Rosé 2021Esta é uma elegante versão de um Rosé de Malbec que, apesar de jovem, oferece boa complexidade e excelente frescor. Exibe sedutoras notas de flores brancas, grapefruit e casca de laranja. É muito interessante encontrar um rosé como este, que sai do espectro que poderia ser esperado, de frutas vermelhas silvestres. Este tem personalidade marcante, ótimo equilíbrio entre as frutas e a acidez cítrica, que marca o final de boca. Matias Riccitelli Blanco de la Casa 2020Esse vinho está entre os maiores vinhos já elaborados por Matias Riccitelli. Resultado de um corte diferente de Sauvignon Blanc, Sémillon e Chardonnay provenientes do Vale do Uco. É um branco complexo, envelhecido apenas em ovos de concreto, que oferece boa estrutura e que inclui notas herbáceas, frutas e flores brancas, com um toque de mineralidade. O vinho tem corpo médio e acidez bem fluida, que marca presença e ajuda a espalhar a complexidade dos sabores no paladar. Matias Riccitelli The Party Malbec 2020The Party é um Malbec que, como o nome sugere, é só festa! Uma jovem e refrescante versão da clássica Malbec de Mendoza, cultivada no Vale do Uco. Fermentado com leveduras indígenas é um vinho natural, que contém aromas de frutas vermelhas como morangos, cerejas e groselhas e notas florais que remetem a jasmim e violeta. Em boca é elegante, tem corpo médio para cheio e frescor inigualável! Matias Riccitelli Valle de Uco Malbec 2018Este é um tinto para grandes ocasiões! Um Malbec que nasceu em um vinhedo localizado em Gualtallary, no Valle de Uco, a 1.450 metros de altitude. Para ilustrar os rótulos dos vinhos desta linha, foram escolhidas espécies nativas que encontram no mesmo terroir do vinho condições únicas para se desenvolver, assim como este belo Malbec. Por ter sido fermentado apenas com leveduras indígenas é considerado um vinho Natural exala aromas de cerejas maduras, groselha e cassis, com toques florais que completam seu perfil aromático. Em boca é pleno, macio e extremamente vivo! Tem taninos sedosos, sabor intenso e excelente frescor, com longa persistência, corpo cheio e linda estrutura. Matias Riccitelli Valle de Uco Cabernet Sauvignon 2016Os vinhedos onde são cultivadas as uvas de Cabernet Sauvignon que elaboram este tinto estão localizados em Chacayes a 1.300 metros de altitude. É um vinho natural, fermentado apenas com leveduras indígenas, que nos presenteia com aromas de frutas vermelhas e negras, como ameixa, jabuticaba, mirtilos, cerejas e cassis, com um toque de especiarias, como pimenta branca e jamaicana. Em boca mostra todo o frescor extraído da altitude de suas vinhas, com uma complexa estrutura e uma acidez estonteante, balanceada por taninos macios como veludo. Matias Riccitelli Valle de Uco Pinot Noir 2017Este Pinot foi feito com uvas cultivadas em vinhedos localizados em Gualtallary, a 1.500 metros acima do nível do mar. Por ser uma casta extremamente sensível a variações climáticas e que precisa de clima ameno para melhor se desenvolver, a Pinot prospera lindamente neste terroir. É um tinto que nos presenteia com aromas de frutas vermelhas e negras com toque mineral de pedra quebrada e grafite. Em boca possui corpo médio e traz grande destaque para seu frescor mineral e acidez abundante, envoltos em taninos delicados, com sabores de cassis, groselha e framboesas e um final longo e persistente. Matias Riccitelli Old Vines From Patagonia Chenin Blanc 2020A linha Vinhas Velhas da Patagônia, em tradução livre, é a mais nova da vinícola. Um projeto audacioso de Matias Riccitelli para recuperar vinhedos com mais de 60 anos, e alguns até centenários da zona de Rio Negro, na Patagonia Argentina. Este Chenin Blanc vem de vinhedos plantados a uma altitude de 980 e 1.120 metros acima do nível do mar. Oferece aos sentidos, aromas de ervas, frutas brancas maduras e frutas cítricas, como limão siciliano e lima. Ao mesmo tempo uma austeridade que impressiona e indica que este branco vai envelhecer bem por pelo menos uma década. Ao palato, se mostra encorpado e sedoso. Matias Riccitelli Old Vines From Patagonia Semillon 2019Este Semillon estagiou por cerca de 8 meses em barricas de carvalho francês (50%) e em ovos de concreto (50%), ganhando ainda mais complexidade e mostrando toda a seriedade, sutileza e elegância de que a casta é capaz. Aromático e expressivo, oferece aromas sedutores de frutas cítricas, frutas de caroço, flores brancas e baunilha. Ao palato, traz notas de especiarias devido ao carvalho utilizado, mas todos os componentes estão equilibrados e bem integrados, resultando num vinho puro, limpo, definido e muito elegante! Matias Riccitelli Old Vines From Patagonia Pinot Noir 2020Este Pinot estagiou em barricas usadas de carvalho francês por cerca de 8 meses e entrega uma incrível complexidade. Oferece aos sentidos, aromas de frutas silvestres recém colhidas, como cerejas e morangos, que se integram com nuances de ervas, um toque de frutas cítricas e notas de terra molhada. Ao palato, tem corpo médio e a pluralidade do nariz se repete e se completa com uma acidez vibrante e taninos refinados e marcantes, evoluindo para um final longo e persistente. Fantástico! Matias Riccitelli Old Vines From Patagonia Melot 2018Este Merlot foi elaborado com uvas plantadas a uma altitude de 980 e 1.120 metros acima do nível do mar. Ano passado, em 2021, recebeu o prêmio de Melhor Merlot pelo Guia Descorchados. Após 12 meses de estágio em carvalho francês, este tinto é complexo, encorpado e opulento. Seu bouquet aromático já se mostra complexo e elegante desde o primeiro momento, com aromas de frutas silvestres, especiarias, chocolate ao leite e baunilha. Em boca é perfeitamente equilibrado, tem excelente estrutura e oferece sabores de tosta, ervas finas, especiarias doce, anis estrelado, tabaco e alcaçuz, com taninos aveludados e longa persistência. Matias Riccitelli Old Vines From Patagonia Malbec 2017Este Malbec é muito especial. Daqueles que merecem acompanhar uma ocasião especial (inesquecível mesmo) ou um momento mais recluso, contemplativo. Estagiou em barricas usadas de carvalho francês por 18 meses e entrega uma incrível estrutura e complexidade. Seu bouquet aromático é bastante complexo e oferece frutas negras e azuis, envoltas em nuances de violeta, com um fundinho que remete a madeira de cedro, baunilha e polpa de cacau. Em boca é suculento, encorpado, oferecendo sabores de ervas secas, cacau em pó e surpreendente mineralidade. Tem acidez média e taninos marcantes mas de excelente qualidade. Ainda muito jovem, com certeza este vinho seguirá evoluindo na sua adega pela próxima década. The post Matias Riccitelli, um dos maiores nomes da enologia de toda a Argentina first appeared on Blog Sonoma. via Blog Sonoma https://ift.tt/npkW5xg Esqueça as flores e os chocolates nesse Dia das Mães: presenteie a sua mãe com um belo vinho ou espumante. Provavelmente verá uma dezena de indicações de vinhos rosés e espumantes doces para presentear no Dia das Mães, mas não aqui. Não porque não achamos que sejam vinhos bons e dignos para presentear a sua mãe nessa data especial, mas porque queremos sair desse clichê do passado. Sabemos que a sua mãe, assim como você e assim como nós, gosta e entende de vinhos, e foi pensando nisso que pensamos nas dicas a seguir. #5 Borbulhas nunca são demaisNão importa se Champagne, Prosecco, Cava ou se um grande espumante do Rio Grande do Sul, vinho com borbulha é sempre sinônimo de celebração e de muitos brindes (à dois, em família ou entre amigos). Se for presentear com um espumante, não se esqueça de refrescá-lo na temperatura ideal antes de chegar para a festa, para garantir o primeiro brinde da celebração e também ajudar a abrir o apetite para o almoço de Dia das Mães. #4 Não tema escolher o vinho pelo rótuloQuem nunca escolheu um livro pela capa ou um perfume pela embalagem? É inevitável olhar para o rótulo ao presentear alguém com vinho, ainda mais se a pessoa presenteada for a sua mãe. E existem rótulos para todos os tipos de mãe: das mais clássicas e tradicionais às mais disruptivas e divertidas. #3 Vinhos que serão os próximos destaquesSurpreenda a sua mãe com um vinho que ainda esteja fora dos holofotes, de uma nova região promissora ou de uma uva pouco comum. Quem sabe essa região ou uva não se torna a próxima da vez? É certo que ela vai gostar de estar por dentro antes de todo mundo. Sugerimos que aposte em vinhos artesanais e naturais do Brasil, em tintos da região espanhola de Montsant, em brancos da italiana Trentino-Alto Ádige, tintos do Dão (conhecida como a Borgonha portuguesa) ou espumantes Franciacorta (como Champagne da Itália). #2 Vinhos clássicos que não saem de modaApostar em vinhos clássicos, de regiões vinícolas muito prestigiadas ou de propriedades históricas e desejadas, é navegar em mar seguro (algo que certamente a sua mãe iria preferir!). Brincadeiras à parte, os clássicos são um presente fácil quando não se sabe ao certo o estilo de vinho que vai agradar a pessoa. Sugerimos abaixo algumas regiões vinícolas para procurar nos países mais clássicos do mundo dos vinhos: Alemanha: Mosel, Pfalz, Rheingau Argentina: Gualtallary, Luján de Cuyo, Valle de Uco Chile: Aconcágua, Alto Maipo, Puente Alto, Valle de Cachapoal Espanha: Bierzo, Jerez, Priorat, Rías-Baixas, Ribera del Duero, Rioja, Toro França: Chablis, Champagne, Châteauneuf-du-Pape, Côte-Rôtie, Margaux, Meursault, Montrachet, Nuits-Saint-George, Pauillac, Provence, Pomerol, Pouilly-Fuissé, Sauternes Itália: Chianti Classico, Barbaresco, Barolo, Bolgheri, Brunello di Montalcino, Puglia, Trentino-Alto Ádige Hungria: Tokaj Portugal: Alentejo, Douro, Minho, Porto #1 Chablis is the new blackTemos dito isso há algum tempo, e a máxima segue verdadeira: Chablis é o novo “pretinho básico” quando o assunto é vinho. Se a sua mãe está sempre antenada nas últimas tendências, é certo que já está de olho na majestosa região de Chablis (e pode até ser que colecione alguns exemplares em sua adega!). Feitos a partir da uva Chardonnay na sub-região da Borgonha que tem solo argilo-calcário repleto de fósseis marinhos, estão sempre nos mais vendidos e procurados por nossos clientes. Guardamos aqui algumas jóias valiosas da região e, sem falsa modéstia, com a melhor relação preço x qualidade que vai encontrar no país. Garanta o melhor presente no Sonoma Market e surpreenda nesse Dia das Mães! The post 5 estilos de vinhos para presentear no Dia das Mães first appeared on Blog Sonoma. via Blog Sonoma https://ift.tt/8k1nHWy Ela brilha no Rhône Norte, mas convida a degustar os bons custo-benefícios do Rhône SulPor Suzana Barelli, especial para o Sonoma Market A cidade de Shiraz, na Pérsia antiga, era importante para o comércio, inclusive dos vinhos, o que levou muitos a acharem que a origem da uva Syrah fosse nesta região, hoje território iraniano. Siracusa, na italiana ilha da Sicília, também foi considerada um provável território para a origem da variedade, nos tempos do imperador romano Marco Aurélio. O fato é que muito foi especulado sobre a origem desta cepa, que sempre brilhou no norte do Rhône, mas atualmente faz sucesso também em vinhedos de clima quente, como o Alentejo, em Portugal, ou frio, como os vales chilenos. Sem falar na Austrália, onde chegou no ano de 1832 pelas mãos do escocês James Busby, ganhou fama e também a grafia de Shiraz. Os exames de DNA do final do século passado, no entanto, acabaram com esta polêmica, ao comprovarem que a uva é originária do próprio Rhône, que é a segunda maior região vitivinícola francesa, atrás apenas de Bordeaux. Ela nasceu de um cruzamento espontâneo entre a Mondeuse Blanche, uva branca da região de Savoie, e a Dureza, tinta originária do Rhône. Não é à toa que a Syrah brilha em seu berço, os vinhedos do norte do vale do Rhône. É lá que ela dá origem aos grandes Hermitage e Côte Rôtie, às vezes mesclada com pequenas porcentagens da branca Viognier. Brilha não apenas no Rhône Norte, alias. A crítica inglesa Jancis Robinson, em seu livro “Wine Grapes”, escreve que um aumento das exportações australianas, uma moda para todas as coisas do Rhône e um certo tédio com uvas de Bordeaux combinaram para incentivar o plantio generalizado da variedade pelo mundo. São fatos que marcaram, sim, os primeiros anos do século 21. Isso fez da variedade uma alternativa interessante para quem gosta de tintos mais complexos, mas quer sair um pouco do reinado da Cabernet Sauvignon e que fizeram explodir a quantidade de vinhedos com a variedade. Ainda segundo este livro, a área de vinhedos apenas franceses cultivado com a variedade pulou de 1,6 mil hectares, em 1958, para 68,6 mil hectares em 2009. E que convida também a se voltar para o seu território de origem. Se no Rhône Norte, a variedade brilha sozinha, quase onipresente, no chamado Rhône Sul, onde estão os grandes achados dos tintos desta região, a Syrah mostra o seu potencial para mesclas com as demais variedades. É lá que ela se encontra com a Grenache e com a Mourvèdre (esta também conhecida como Monastrell), principalmente, mas também com a Cinsault e a Carignan. O clima mais quente do Rhône Sul nem sempre é propício ao amadurecimento da Syrah, que às vezes se ressente deste calor, mas sua presença nos blends traz estrutura e elegância aos vinhos locais. Assim conforme a localização do vinhedo, a Syrah irá contribuir com as notas de couro e especiarias (principalmente pimenta), quando cultivada em sub-regiões de clima mais fresco, ou com aquelas notas de frutas escuras bem maduras e até um toque de chocolate, quando colhida bem madura, nas sub-regiões mais quentes. A Syrah é também uma das 18 uvas autorizadas para o blend do Châteauneauf-du-Pape, talvez a mais conhecida entre as denominações de origem do sul do Vale do Rhône, com seus tintos bem estruturados. No sul do Rhône chama atenção que a Syrah aparece em maiores proporções nos tintos de melhor qualidade, nos blends com as clássicas variedades locais. Ela se faz presente também nos vinhos batizados com a sigla GSM. Estas três letras significam um tinto de mescla, elaborado com a Grenache, a Syrah e a Mourvèdre. A Syrah é ainda uma das variedades a tirar partido do Mistral, o vento que ajuda a moldar o clima local. Ele sopra numa velocidade de até 100 km/h, em geral do inverno até o início da primavera. Tem o poder de manter o céu sem nuvens e os vinhedos sem fungos, já que evita a umidade que estes pequenos seres tanto gostam. E esta é apenas a história da Syrah em seu território de origem. Contar a história da variedade pelos vinhedos mundo afora daria um livro, um bom livro. Conheça os vinhos do Rhône a partir de R$79 da curadoria do Sonoma Market!
Suzana é atualmente colunista de vinhos do caderno Paladar, do jornal O Estado de S.Paulo. Ela escreve de vinhos desde o início dos anos 2.000. Foi editora de vinhos e diretora de redação da Revista Menu, e redatora-chefe da Revista Prazeres da Mesa. Também atuou como jornalista nas revistas Gula, Primeira Leitura e Carta Capital, e nos jornais Folha de S.Paulo e Valor Econômico.
The post Na França, no reinado da Syrah, por Suzana Barelli first appeared on Blog Sonoma. via Blog Sonoma https://ift.tt/WQu4RDv Outono é, para mim, a melhor época para vinho. Pela variação entre temperaturas, quase todo tipo e estilo de vinho pode fazer presença na mesa ou na taça. Brancos mais encorpados, rosés e laranjas, espumantes também para os dias mais calorosos. Os tintos tendem de ser mais versáteis e de corpo leve para médio: Pinot Noir e Merlot são escolhas óbvias, mas Sangiovese e Cabernet Franc podem ser grandes escolhas também. Veja alguns dos meus destaques favoritos para outono, maior parte abaixo dos R$100. 10. DOMAIN SAINT-VINCENT CÔTES DU RHÔNE VILLAGE 2017Seu rótulo é lindo e classudo e o vinho também é. Conheci este pequeno produtor do Rhône em viagem na França uns anos atrás, fiquei surpreendido pela qualidade dos seus Côte-du-Rhône (o branco também é excelente, confira!). A fruta madura e especiarias como alcaçuz, noz moscado e anis estrelado são típicas da região, o que mais gostei foram os toques salinos e a elegância deste vinho. Uma baita compra neste valor promocional, aproveite. 9. CASALFORTE CORVINA VERONESE IGT 2019Casalforte é nada menos que o antigo Castelforte, marca premium da Cantine Riondo do Vêneto. (Parece que foram processados pelo nome e tiverem que alterar). A qualidade dos vinhos segue igual, quem já adquiriu pode atestar. Ao degustar este pela primeira vez fiquei totalmente surpreendido. Corvina é a uva principal dos grandes Amarones di Valpolicella, mas como monocasta raramente é vinificada. Neste cuvêe foi feito com maestria, cheio de fruta preta e berries como mirtillos e amoras, oferece densidade junto com acidez excelente. Um vinho belo para acompanhar carnes menos gordurosos como a filet mignon, com um hambúrguer gourmet este aqui será a escolha perfeita. 8. Domaine J.A. Ferret Pouilly-Fuissé 2018Ferret é um peso-pesado no Mâconnais, sul da Borgonha, sua especialidade é Pouilly-Fuissé. Conseguimos uma alocação de apenas 36 garrafas deste vinho, não podia não degustar um com nossa equipe. Foi memorável, todo que esperávamos de um grande branco da Borgonha. Cremoso, com nuances lácteos e um leve traço de baunilha, carambola e uma bela persistência e estrutura. Tudo mundo amou. Decanter por 1 hora e servir com joelho de porco com purê de maça ou arrase e vá pelo requinte de lagosta se estiver no mar. 7. CUATRO RAYAS TEMPRANILLO ORGÂNICO 2020Cuatro Rayas é uma das principais propriedades de Rueda, centro da Espanha, DO famoso pela qualidade dos seus vinhos brancos (berço da casta Verdejo). Contudo, este Tempranillo (orgânico ainda) se destacou na nossa degustação de equipe. Um nariz de groselha e jabuticaba aparenta doçura em boca, mas na verdade sentimos hibisco, Água Jamaica, pedra quebrada e um corpo leve para médio, com traços de cacau para agradar no final. Um Tempranillo mais sóbrio e leve das versões de Toro ou Ribera del Duero, excelente para pratos mais descontraídos ou tomar por si só. Pelo valor, imbatível. 6. CHÂTEAU DES PERLIGUES GRAVES BLANCTodo mundo gosta de Bordeaux mas Bordeaux Blanc ainda é pouco difundido no Brasil. Deixe que este rótulo seja sua porta de entrada. Ninguém acreditou na nossa degustação que este vinho podia custar menos que R$150-R$170, muito menos o valor atual. Seu cor douradinho amarelo até remete vinho branco de guarda, a fava de mel e toques amanteigados em boca também. Cítrico, mineral, macio e cremoso, este vinho vai ganhar você de vez. Ideal para peixes carnudos como bacalhau. 5. Cellers Can Blau “Blau” 2019Degustei este vinho às cegas com 2 candidatos numa entrevista de “wine hunter” que conduzi no mês passado. Pelo mérito de ambos, acertarem “velho mundo”, porém ambos decidiram que o país de origem era Itália, um dizendo Piemonte e a outra Toscana. Ambos acharam que o vinho ia custar uns R$300. Muito menos. Só na Espanha é possível achar tintos de tanta qualidade por um valor tão razoável. Montsant é o círculo em volta de Priorato e os solos e uvas utilizadas são parecidas. Este corte de Garnacha, Carignan e Syrah oferece muito mais frescor e equilíbrio do que teria imaginado pela graduação de 14%. Estrela total, ideal para outono e pratos de carne menos fortes. 4. Esporão Reserva Branco 2020A única reclamação que eu tenho do Esporão Reserva branco, safra após safra, é que esgota na minha adega, e na própria importadora, poucos meses após lançamento. Um complexo e robusto branco, da forma que um tradicional branco de Alentejo deve ser, o ideal será deixar este na adega por uns anos para deixar evoluir com calma. Infelizmente ninguém resiste. Blend de Arinto, Antão Vaz e Roupeiro, que passa por 6 meses em carvalho e mais 6 em garrafa antes lançar, oferece um belo yin-yang entre herbáceo, amanteigado, nuances cítricas de laranja lima e um leve amadeirado. Uma delícia, como sempre. Para peixes carnudos ou galinha na brasa será o acompanhamento ideal. ![]() 3. IL MOLINO DI GRACE CHIANTI CLASSICO RISERVA 2016 (ORGÂNICO)Sangiovese das colinas de Panzano, em Chianti Clássico, é um destaque ideal para o outono, com acidez excelente, taninos bem presentes, e seus toques rústicos e animais que vão tão bem com sabores umami. A safra 2016 provavelmente foi a melhor da década na Toscana e Il Molino di Grace arrasou, arrancando “#1 Chianti Classico Riserva do Ano” pela Wine Spectator e 95 Pontos. Abri este vinho em casa há duas semanas. Está evoluindo maravilhosamente bem, com fruta plena e robusta, a marca da safra, corpo médio e excelente persistência. Um “must have” para a adega. Coringa na mesa, servir com peru até costela de porco e risotto de funghi. 2. Zorzal Terroir Único Pinot Noir 2020Acho difícil achar um Pinot Noir melhor para o valor oferecido, hoje disponível no Sonoma Market pela importação própria pelo mesmo valor dos mercados norte-americanos. Com 92 Pontos pelo Parker, 92 pelo Suckling, e 92 pelo Descorchados, este rótulo já vem carregado em prestígio. O vinho entrega. Framboesas frescas e folhas de chá, e um pequeno “sweet point” que agrada imensamente, equilibrado por belo acidez. Para arrasar na mesa. 1. CHÂTEAU LANDIRAS GRAVES 2018Um espetáculo. Bordeaux deste não tem abaixo dos R$200 no Brasil. Pela nossa parceria com o produtor e importação própria conseguimos uma alocação deste elegante, refinado e mineral tinto de Graves, sul da região. De uma propriedade com 417 anos de história, foi escolhido como “Melhor Compra” e prestigiado com 95 Pontos pela Decanter no Decanter World Wine Awards, também “Top 20 Bordeaux do Ano.” Oferece grafite, pedra quebrada, frescor, e fruta preta, com taninos finos e uma acidez que equilibra tudo. Nada pesado, ideal para a estação. Um dos maiores triunfos da nossa curadoria na França. The post Os Top 10 Vinhos do Outono first appeared on Blog Sonoma. via Blog Sonoma https://ift.tt/vOStVkl O que você deve saber para dar os primeiros passos na mais famosa região francesa de vinhos.Por Suzana Barelli, especial para o Sonoma Market Tenho claro na memória a primeira vez que entrei em uma loja de vinhos em Saint-Émilion. Era a minha estreia em Bordeaux e a primeira parada foi neste vilarejo medieval, de muitas igrejas e hoje patrimônio da humanidade pela Unesco. No passeio por suas ruelas de pedra do centro histórico, me deparei com uma loja de vinhos. Entrei boquiaberta com a quantidade de rótulos, que então só conhecia pela literatura. Olhei um por um, sob a atenção de um cavista que também parecia não saber muito como abordar uma turista que pouco dominava a sua língua. A timidez (sim, ela aparece às vezes) não me deixou fazer perguntas. Também me faltou coragem para comprar uma garrafa. Nesta primeira cave, deixei de lado a regrinha básica de um viajante em terra de vinho. Sempre converse com o cavista, mostre interesse, pergunte e, na certa, você vai sair com uma boa garrafa para contar a história. Ele pode ser o seu guia para começar a decifrar uma região como Bordeaux, de incontáveis rótulos e nem todos com a fama e a qualidade dos seus Grand Cru Classes. Sim, porque Bordeaux tem vinhos caríssimos, renomados e longevos, mas também tem rótulos simples, de bom custo-benefício para quem souber lapidá-los e, como toda região, tem também seus vinhos medíocres – aqui vale lembrar que Bordeaux está entre os grandes produtores, em volume, de vinho francês, com 120 mil hectares de vinhedos. O mapa desta região ao sudoeste da França é o primeiro aliado a dar pistas de onde procurar vinhos mais acessíveis. A geografia local é marcada por dois rios, o Dordogne e o Garonne, que desaguam no estuário do Gironde. De um lado está a margem esquerda, do famoso Médoc, onde estão os vinhos da Classificação de 1855, pioneira em atestar a qualidade dos rótulos bordaleses. Pauillac, dos châteaux Lafite e Mouton Rothschild, está aí, assim como Margaux, Saint-Julien e Saint-Estéphe. Na margem direita, estão Saint-Émilion e Pomerol, também não menos conhecidas, com seus châteaux como Cheval Blanc e Petrus. Mas o mapa mostra também, sem todos os adjetivos das duas margens, a região de Entre-Deux-Mers, que significa entre dois mares, no caso, entre os dois rios. Conhecida no passado pelos seus vinhos brancos e secos, Entre-Deux-Mers atualmente elabora também bons tintos, com as AOCs regionais Bordeaux e Bordeaux Superieur – AOC é a sigla para apelação de origem controlada, como as denominações de origem são chamadas na França. Em sua grande maioria são tintos com a Merlot como uva principal, que resulta em rótulos mais macios do que os elaborados com a Cabernet Sauvignon. Mais, são pensados por seus produtores para o consumo mais imediato, sem a vocação de envelhecer por anos a fio. Aqui, um parêntese: é bom saber que a Merlot é a variedade mais cultivada em Bordeaux, por mais que a Cabernet Sauvignon seja a mais conhecida e valorizada. Outra pista que vem do mapa são as denominações de Blaye e Bourg, também na margem direita, mas sem o reconhecimento de seus vizinhos mais badalados. Como fama também reajusta preços, as regiões satélites de Bordeaux devem ficar na mira de quem quer começar a degustar os tintos locais sem pagar uma fortuna. Além das AOC mais conhecidas, Bordeaux tem outras 50 apelações de origem, que seguem os critérios de regular sua produção, seja garantindo a origem das uvas e quais as suas variedades, o volume de produção, entre outros pontos. A única coisa que a AOC não garante – e isso vale para todas as denominações de origem – é a qualidade do vinho. Isso cabe sempre ao produtor. Seguindo ao mapa ao sul da cidade de Bordeaux, estão Pessac-Léognan e Graves e, depois, Sauternes, a meca dos grandes vinhos doces, aqueles com perfeito equilíbrio entre acidez e doçura. Se Sauternes é a morada do mítico Château D´Yquem, Barzac está ao lado deste vizinho badalado e, cruzando o rio e entrando em Entre-Deux-Mers, está Saint-Croix-du-Mont, também dos vinhos doces. Outro ponto importante é lembrar sempre que Bordeaux é uma terra de blend. Merlot e Cabernet Sauvignon são as uvas principais e mais conhecidas nos tintos – nos brancos, a assemblagem é entre a Sémillon e a Sauvignon Blanc (há também a Muscadelle, em menor quantidade, principalmente para os vinhos doces) –, mas não são as únicas. Cabernet Franc, Petit Verdot e também a Malbec e a Carménère formam, junto com as duas uvas principais, o corte bordalês. E se a filosofia local é de vinhos que ganham complexidade com esta mescla, nada de sair por aí comprando aquela garrafa que destaca o nome de uma única variedade no rótulo. Mas o que eu aprendi a prestar muita atenção é na expressão mis en bouleille au chateau (ou mis en bouleille a la propriété) quando dava os primeiros passos nesta região. A frase que indica que o vinho foi engarrafado na propriedade é o ponto que mostra que o produtor acredita no seu vinho. São as características da região que ajuda a não se perder – muito – nas prateleiras, reais ou virtuais, de vinhos. Conheça os vinhos de Bordeaux a partir de R$69 da curadoria do Sonoma Market!
Suzana é atualmente colunista de vinhos do caderno Paladar, do jornal O Estado de S.Paulo. Ela escreve de vinhos desde o início dos anos 2.000. Foi editora de vinhos e diretora de redação da Revista Menu, e redatora-chefe da Revista Prazeres da Mesa. Também atuou como jornalista nas revistas Gula, Primeira Leitura e Carta Capital, e nos jornais Folha de S.Paulo e Valor Econômico.
The post Bordeaux para iniciantes, por Suzana Barelli first appeared on Blog Sonoma. via Blog Sonoma https://ift.tt/oSgZnP7 Uma verdadeira dinastia que dura mais de 700 anos, a família Frescobaldi é uma das mais celebradas da vitivinicultura toscana No minúsculo vilarejo de Val di Pesa, na Toscana, Itália, estão os primeiros registros da produção vitivinícola da família Frescobaldi. Foi no ano de 1056 que fundaram a Tenuta Castiglioni, propriedade que até hoje faz parte do que mais tarde viria a se tornar o grupo Marchesi Frescobaldi. Quase 200 anos depois, em 1252, mudaram-se para Florença – e curiosamente foram eles que, à época, construíram a primeira ponte através do rio Arno, permitindo acesso de suas terras ao centro da cidade. A ponte existe ainda nos dias de hoje, não mais na versão original em madeira, e se chama Ponte Santa Trinita. E a influência da família vai além da arquitetura e urbanismo da cidade de Florença. Registros históricos indicam que os Frescobaldi tinham relações comerciais com a Corte Britânica e com a Corte Papal nos séculos 15 e 16, além de serem muito bem relacionados com os banqueiros florentinos e com artistas como Donatello, Michelozzo Michelozzi e Filippo Brunelleschi. Em 1855 introduziram em primeira mão as variedades Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir e Chardonnay, variedades ainda não conhecidas na Toscana. Apesar dos grandes feitos até aqui, foi a partir do século 20 que estão as principais conquistas dos Frescobaldi – Vittorio, Ferdinando e Leonardo -, que foram fundamentais, inclusive, para construir a excelente reputação que a Toscana tem hoje ao redor do mundo. O Império FrescobaldiE o império Frescobaldi vai muito da histórica Tenuta Castiglioni, localizada dentro da distrito de Chianti Colli Fiorentini… As primeiras aquisições, que aconteceram ao longos dos primeiros séculos de história da propriedade, foram o Castello Nipozzano (castelo em Chianti Rufina com mais de mil anos de história, construído para a guarda florentina e adquirida pela poderosa família, e é rodeado por mais de 240 hectares de vinhas e oliveiras), Tenuta CastelGiocondo (Montalcino), Castello Pomino (Pomino), Tenuta Ammiraglia (Maremma), Poggio a Rèmole (Chianti) e Tenuta Perano (Chianti Classico). Já as aquisições mais recentes são Ornellaia (Bolgheri), Masseto (Bolgheri), Danzante, Tenuta Luce della Vite (Montalcino), Gorgona (Arquipélago Toscano) e Attems (localizada no Friuli, é a única propriedade da família localizada fora da Toscana). Lamberto Frescobaldi, da 30ª geração da família, é presidente do grupo desde 2013 e responsável pela vitivinicultura, além dos planos de expansão da Marchesi Frescobaldi. Poggio à RèmoleA propriedade de Poggio à Rèmole e seus 150 hectares de vinhas passaram a integrar o Marchesi Frescobaldi em 1863 a partir do casamento de Angelo Frescobaldi com Leonia degli Albizzi. Porta de entrada aos vinhos do grupo, oferecem os melhores preços e levam a assinatura dos grandes vinhos da família. Apesar de a propriedade estar em território de Chianti, destacam-se, aqui, os vinhos regionais. Frescobaldi Poggio à Rèmole Bianco Toscana IGT 2019Seus aromas são de frutas brancas, maçãs e peras, que abrem caminho para notas de cidra e limão maduro, além de notas florais. É um vinho sedutor e versátil, pedindo a companhia de um farto aperitivo, generosas saladas e peixes. Frescobaldi Poggio à Rèmole Rosato Toscana IGT 2019Este rosé, feito a partir de Sangiovese, tem nariz floral e frutado, repleto de frutas vermelhas. Na boca é delicado, sedutor, equilibrado e fresco, tornando-se excelente companhia para acompanhar uma bela salada caprese, ratatouille ou um bom peixe assado na brasa. Frescobaldi Poggio à Rèmole Rosso Toscana IGT 2019Cabernet Sauvignon e Sangiovese atuam em dupla neste Toscana IGT. O vinho tem aromas frutados que combinam-se às notas florais e de especiarias, incluindo o cravo-da-índia, que se destaca. Um vinho curinga, perfeito para acompanhar pratos com carnes, queijos e massas com molho encorpado. Frescobaldi Tenuta CastiglioniFundada em 1056, a propriedade mais antiga da família Frescobaldi que se tem registro possui 180 hectares de vinhedos na região de Chianti Colli Fiorentini. Foi fundada depois de a família ter feito sucesso enquanto importantes banqueiros e produtores têxteis da época. Frescobaldi Tenuta Castiglioni Toscana IGT 2018Reconhecido com 91 pontos pelo crítico James Suckling e 90 pontos pela Wine Enthusiast, este Toscana IGT tem aromas intensos de amoras, groselhas e muita especiaria, como pimenta, cravo e notas sutis de alcaçuz. Em boca é macio e envolvente, com um toque de acidez que lhe confere uma frescura maravilhosa e final persistente e picante. É um vinho excelente para acompanhar carnes vermelhas e de caça, além de queijos maturados. Frescobaldi Tenuta Castiglioni Chianti DOCG 2020Feito a partir do corte de Sangiovese com Merlot, este Chianti DOCG que não viu qualquer carvalho tem bouquet agradavelmente frutado, com notas que lembram frutas como morango, framboesa e figo, e leves aromas minerais. Em boca tem especiaria agradável, com elegantes fragrâncias de pimenta e cravo. Harmoniza com molhos encorpados, carnes assadas, aves e queijos meia cura. Cai bem com fraldinha marinada na cerveja preta, bruschettas de berinjela defumada e risoto com ossobuco. Tenuta PeranoA mais recente aquisição do grupo, a Tenuta Perano passou a integrar o grupo em 2017. A propriedade está localizada em Chianti Classico, em algumas das colinas de maior altitude da comuna, mais especificamente na região de Gaiole. Com apenas 64 hectares, está entre as menores propriedades do grupo – e é certamente onde está a sua menor produção (e algumas das mais brilhantes!). Frescobaldi Perano Chianti Classico DOCG 2018Este Chianti Classico da belíssima safra de 2018 foi agraciado com 90 pontos pela Decanter Magazine. Não à toa. Feito 100% a partir de Sangiovese que estagiou por 24 meses em carvalho, seus aromas são bastante frutados, com fragrância distinta de cereja. Frutas vermelhas e pretas são acompanhadas por notas florais como violeta e especiarias. Em boca, a elegância profunda é realçada pelo frescor. Um vinho harmonioso, seco, agradável e com bons taninos que melhoram com o tempo. Frescobaldi Perano Chianti Classico Riserva DOCG 2016Elegante e equilibrado, este Chianti Classico Riserva, que tem a assinatura da Frescobaldi, ganhou o crítico da The Wine Advocate: “prefiro este vinho à grande maioria das amostras de Brunello provadas recentemente”. Além de receber 94 pontos pelo Robert Parker, também foi avaliado com 93 pontos pela Wine Spectator e 91 pontos pela Wine Enthusiast. É um vinho complexo e intenso, com aromas florais e toques de violeta e rosa, além de notas de groselha e mirtilo. Vai se abrindo em taça para noz-moscada, pimenta preta, cacau e balsâmico. Extremamente refrescante. Frescobaldi Perano Chianti Classico Gran Selezione Rialzi 2016Eis a máxima expressão de Chianti em um vinho elegante e autêntico, elaborado pela milenar Frescobaldi e eleito o melhor produtor da região pelo Gambero Rosso em 2020. Também arrancou 96 pontos de James Suckling, 95 pontos da Robert Parker’s Wine Advocate e da Revista Adega, além de 91 pontos pela Wine Enthusiast. No nariz, oferece aromas de cereja, uva passa, ameixa e nuances levemente herbáceas e de especiarias, que se completam com notas florais e de chocolate. Traz ainda, uma sensação balsâmica, que confere elegância extrema ao vinho. Seus taninos sedosos pulsam com vigor e se equilibram com uma acidez vibrante e notas de frutas maduras com um toque de chocolate amargo. A madeira não ultrapassa limites, bem pelo contrário, equilibra o todo com perfeita sincronicidade. The post Frescobaldi: há 30 gerações produzindo vinhos first appeared on Blog Sonoma. via Blog Sonoma https://ift.tt/VpfAMa5 Barolo, o Rei dos Vinhos, o Vinho dos Reis, chamado assim há gerações. O maior triunfo do norte da Itália, talvez da Itália toda. Também, um vinho pouco conhecido aqui no Brasil. Com reputação de ser “pancadão” e “masculino”, de precisar de anos, senão décadas na adega, de nunca estar pronto para tomar. Tudo isso mudou na última década. Tanto pelas mudanças climáticas (toda safra é quente agora), quanto pela modernização de vinificação de alguns produtores, Barolo hoje é melhor que nunca. Este destaque é para falar sobre os Top 10 Barolos de 2022. A relação considera:
#10 Collina San Ponzio Barolo 2017Elaborado por dois irmãos jovens na sub-região de La Morra, o sucesso da Collina San Ponzio nos últimos anos tem sido extraordinário. Esta é a 5a safra que oferecemos deste vinho e um dos meus favoritos. Rosas, cerejas, alcaçuz e incenso dão lugar a um vinho austero e com bastante estrutura, que vai amaciando com passar do tempo. Não se engane pelo valor atraente, este vinho é fruto de labuto artesanal, nada de “fábrica de produção” aqui. Lindo agora, evoluirá bem por 10-12 anos. 91 Pontos – Alykhan Karim #9 Palladino Serralunga d’Alba 2017No coração da Serralunga d’Alba, Palladino elabora uma produção pequena e altamente disputada. Forbes listou a propriedade nos seus Top 20 Produtores de Barolo. Este é seu vinho principal, um blend de 5 vinhedos “cru” (MGA’s) – Parafada, Gabuti, San Bernardo, Serra, Ornato. No nariz pimenta preta, alcatrão e sal grosso, em boca abre em morangos exuberantes e lindos e profundos taninos, de uma qualidade impecável. Estrutura sério, pela qual a Serralunga é famosa. Estrela total. 93 Pontos – Alykhan Karim #8 La Biòca Barolo Serralunga d’Alba 2017Quem acha que mulher não pode fazer Barolo de primeira se engana – na safra anterior este vinho da Paola Isoardi ganhou “Melhor Barolo do Ano” pela Decanter, com 97 Pontos. O vinho desta safra é menos parrudo e mais elegante, até prefiro, melhor para abrir e tomar, não precisa esperar uma década (ainda assim, se for abrir agora use um decanter, please). Biòca quer dizer “ouriço-terrestre” em Piemontês, o vinhedo principal na Serralunga que a produtora herdou do pai dela estava cheio dos pequenos fofinhos. Aromas selvagens, de floresta, com um paladar de framboesas, citrus, sandalo e um toque de madeira francês, apoiado por uma coluna dorsal imensa, taninos sedosos mas volumosos. Barolo Serralunga de livro.
#7 Borgogno No Name 2017Vinho que virou lenda, o “Barolo que não foi”, um símbolo de protesto. (Leia mais aqui). Degustei este vinho recentemente em casa junto com dois Barbarescos de peso, um Barolo do Renato Ratti, outro da Vietti. Este ganhou. Antonio Galloni chama este vinho “uma das melhores compras no mundo do vinho.” Entenda por que. #6 Damilano “Lecinquevigne” Barolo 2016Um galão em terno e gravata, impecável, da melhor safra da década. Sedoso, firme, com elegância e estrutura. Comparar este Barolo a um Bordeaux de um Margaux, de um 2˚ Gran Cru Classé, quase um Rauzan-Segla de Piemonte. Fechado ao abrir, após 1 hora mostra lindo balsâmico, toques salinos, caramelo. Vai longe, ganhará complexidade ao longo de 20-30 anos. #5 Ghisolfi Barolo Bussia Bricco Visette 2017Ghisolfi é um “estrela que voa sob radar” segundo Kerrin O’Keefe da Wine Enthusiast. Localizado na sub-região Monforte d’Alba, não longe da propriedade de Giacomo Conterno, possui parcelas abençoadas no vinhedo Cru Bussia, inclusive uma parte em Bricco Visette, um vinhedo especial dentro do vinhedo especial. Com acidez linda e brilhante, a estrutura é grande, os taninos também, volumosos. Bala de morango iogurte e cerejas frescas oferece uma pista das delícias que virão para frente, mas este é um gigante que vai ter que se acordar aos poucos para mostrar toda sua grandeza. Quem estiver com paciência ganhará uma experiência incrível. ![]() #4 Giacomo Conterno Barolo Francia 2015Conterno é o melhor produtor da Itália, rivalizado só pelo Gaja. Este vinho nasce do seu vinhedo cru Francia, na Serralunga 100% deste vinhedo (portanto o nome), perde só para o Monfortino, o vinho mais importante da Itália, elaborado tanto pelas melhores parcelas da Francia quanto pelos do vinhedo Arnione. Só que Monfortino é um vinho de R$25.000 Francia, menos que ⅕ deste valor. Nada barato, ainda, mas este Francia, da safra 2015, é um dos melhores Barolos de todos os tempos. #3 Palladino Barolo Serralunga d’Alba Parafada 2017Palladino faz diversos vinhos “cru” de parcelas únicas que possui na Serralunga, mas em 2017 o Parafada foi o meu favorito. Os solos de calcário do vinhedo agregam mineralidade e elegância a este vinho. Oferece aromas salgados, quase carnudas, que lembram charcuterie, com pétalas de rosas secas e uma sensação em boca fluida e elegante, com toques salgados, ora floral ora spicy também. Meu tipo de vinho total. Taninos sérios para arredondar. Estrelaço. (A revista Decanter concorda -# 8 dos Top 10 Barolos do Ano para a inglesa, com 96 Pontos). Se considerar o valor oferecido na venda antecipada, quase ao valor de custo, é para comprar pela Caixa. #2 Borgogno Barolo Cannubi 2015Cannubi é um verdadeiro “Grand Cru” de Barolo, vinhedo renomado há séculos, antes da DOCG Barolo ser criado. Uma das melhores parcelas pertence a Borgogno, o primeiro produtor de Barolo. Neste vinho e nesta safra o produtor brilha – mostra cerejas frescas, alcatrão, rosas, e uma fluidez e sedosidade em boca quase incomparável. Elegante e poderoso ao mesmo tempo, com uma persistência que dura por um minuto. Tome agora, se quiser (2 horas no decanter, please), mas vai longe – 20 anos de boa. #1 Damilano Barolo Cannubi 2016O Barolo Cannubi da Damilano entra em #1. O produtor faz vinhos impecáveis (Damilano virou quase uma marca de luxo na Itália) e nesta safra “perfeita” seu Cannubi é um triunfo. Vinho votado Top 3 Barolo do Ano pelo Suckling, com 98 Pontos dados, da para entender por que ao degustar. Um nariz meio smoky, defumado, de carvão e carne de caça embutida, animalística e fascinante. Agora em boca mostra a lindeza que é um Cannubi em toda sua glória: elegante, feminino, gracioso, sedoso, perfeito. O Gisele Bündchen de Barolo. Quer saber mais sobre Barolo? Leia esta primeira parte da matéria 4 dias, 150 Barolos clicando aqui. The post Os Top 10 Barolos da 2022 first appeared on Blog Sonoma. via Blog Sonoma https://ift.tt/IabUqn5 Zorzal, Domaine Bousquet, Farmus… escolha os seus favoritos!No último domingo, dia 17 de Abril, comemoramos o World Malbec Day, ou Dia Mundial da Malbec. A uva francesa é original de Bordeaux e encontrou seu ápice no terroir argentino de Mendoza, onde conquistou fama mundial e, principalmente, o coração dos brasileiros. É bastante comum que um entrante no mundo do vinho comece as suas aventuras a partir dos vinhos elaborados a partir da Malbec. Isso acontece, geralmente, porque são rótulos incrivelmente fáceis de serem encontrados aqui no Brasil, mas também porque o vinho possui um caráter frutado e amadeirado que costuma agradar ao paladar dos brasileiros. Mas, é claro, seria um grande erro presumir que só existe um tipo de Malbec elaborado na Argentina. Pensando nisso, listamos o nosso TOP 6 Malbecs até R$100. Escolhas que são bastante distintas entre si, para agradar a todos, até os paladares mais exigentes. No último domingo, dia 17 de Abril, comemoramos o World Malbec Day, ou Dia Mundial da Malbec. Hoje oferecemos 6 incríveis versões de Malbecs de Mendoza, que apesar de dividirem a mesma uva e terroir, são completamente distintos. Uma seleção democrática, para agradar a todos, até os paladares mais exigentes. Para começar, já fugindo do padrão, temos esse Malbec de altitude, o Domaine Bousquet Malbec 2020 (Orgânico). Elaborado aos pés da Cordilheira dos Andes, em Tupungato, no Vale de Uco, 1200 metros do nível do mar. Traz aromas de frutas vermelhas frescas e linda estrutura, reportando o lado mais sério da Malbec. Apresenta delicioso frescor e taninos aveludados, mas sem perder a potência.
Que tal um Malbec pontuado? O Viu Manent Secreto Gran Reserva Malbec 2018 recebeu 92 Pontos pelo Guia Descorchados. Secreto é uma linha de vinhos de estilo moderno e fresco, elaborada pela família Viu Manent. 15% do seu blend é, de fato, secreto. Apenas o vinhateiro conhece toda a “receita” do vinho! Um Malbec disruptivo, que esbanja frescor e complexidade. Conheça!
Zorzal Prófugos Malbec 2020 é uma versão irreverente e muito descontraída da Malbec. Esqueça tudo que você aprendeu sobre os “típicos Malbecs de Mendoza”. Essa é uma versão vibrante e recheada de frescor, super gastronômico e também lindo para tomar por si só! Nos presenteia com violetas, alcaçuz, azeitonas pretas e um pouco de especiarias. Até ontem vendido por R$80, hoje você pode levá-lo por R$59,76. Aproveite! Já teve a chance de degustar um Malbec Reserva chileno? O Farmus Winemakers Malbec Reserva 2020 é um Best Seller do Sonoma Market há muitos anos! Enquanto a Malbec argentina é carnuda e generosa, no Chile ela se apresenta com mais finesse, cheia de especiarias doces e menta, numa linda versão mais elegante do que potente. No caso deste Reserva, temos ainda uma mineralidade envolta em taninos maduros e acidez de fruta fresca. E que tal um Malbec Rosado? Em uma versão sedutora e cheia de vida, esse pela Caligiore tem nome engraçado que já caiu nas graças da internet. O Cuatro Vacas Gordas Malbec Rosado 2020 (Orgânico) cativa com sua brilhante cor-de-rosa, aromas de cerejas frescas e flores. Esbanja suculência e frescor, combinadas com uma acidez vibrante e um convite à próxima taça. Irresistível! O Solandes Malbec Roble 2017 (Orgânico) é assinado por Michel Rolland, famoso enólogo francês. Após 12 meses de estágio em carvalho, expressa o sabor delicado de frutas vermelhas e tem textura encorpada, com um final delicioso que remete a cacau torrado. Já escolheu o seu favorito? Acesse a nossa seleção especial da Semana Malbec e abasteça a adega. Abraços, Equipe Sonoma Market The post TOP 6 Malbecs até 100 reais first appeared on Blog Sonoma. via Blog Sonoma https://ift.tt/uIofRYU |
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